O ceticismo antifideísta de Hume

Autores

  • Rafael Bittencourt Santos Doutorando em filosofia pela UFRGS e Bolsista CNPq

DOI:

https://doi.org/10.21680/1983-2109.2019v26n50ID16905

Palavras-chave:

Ceticismo, Fideísmo, Misticismo, Empirismo, Hume

Resumo

O ceticismo de Hume pode parecer próximo do fideísmo cético em virtude da sua crítica às faculdades humanas envolvidas no conhecimento da verdade e da sua defesa da necessidade de um mecanismo não racional como fundamento das nossas crenças. A diferença entre ambos estaria na identificação da solução para a suspensão do juízo resultante da descoberta da insuficiência da razão para compreender o mundo e guiar a ação: um apontaria para a determinação natural, outro, para a Revelação. Argumento aqui que essa proximidade não é mais do que aparente. A filosofia de Hume constitui-se como antifideísta não apenas por razões prudenciais, práticas ou pragmáticas, mas também pelos seus fundamentos filosóficos. Para mostrá-lo, examino a discussão entre Dêmeas e Filão nos Diálogos sobre a Religião Natural, a investigação sobre a origem da religião na História Natural da Religião e as razões para a recomendação da filosofia ante a superstição no Tratado da Natureza Humana.

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Publicado

30-05-2019

Como Citar

SANTOS, R. B. O ceticismo antifideísta de Hume. Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), [S. l.], v. 26, n. 50, p. 305–333, 2019. DOI: 10.21680/1983-2109.2019v26n50ID16905. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/16905. Acesso em: 5 nov. 2024.