Duração e élan vital no evolucionismo espiritualista de Henri Bergson
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2109.2020v27n54ID20199Palavras-chave:
Duração; Élan Vital; Evolução; Criação; BergsonismoResumo
Para responder nossa questão principal, isto é, saber como se estabelece, no conjunto da obra de Bergson, a relação entre a sua filosofia da duração e a hipótese evolucionista do élan vital, tentaremos reconstituir a plataforma especulativa de onde parte A evolução criadora e o modo como Bergson faz da esfera da vida o ponto de intersecção entre as noções de duração e de evolução. Nosso objetivo será o de situar o contexto de emergência da imagem do élan vital para aí descobrir a especificidade do pensamento de Bergson, especificidade que dá unidade à sua filosofia e marca sua contribuição para a história da filosofia. Nesse sentido, acreditamos que a teoria do élan vital não pode ser separada dessa intuição fundadora do bergsonismo que é a duração, sem ser destituída do seu significado metafísico. Assim como a consciência, o universo inteiro dura. E essa duração se caracteriza essencialmente pela liberdade. Em todo lugar onde lidamos com a vida, encontramos sob formas diversas a duração imanente à vida. O evolucionismo bergsoniano traduzido pela imagem do élan vital pode então ser compreendido da seguinte forma: o princípio da vida transcende a vida.
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