Duração e élan vital no evolucionismo espiritualista de Henri Bergson
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2109.2020v27n54ID20199Keywords:
Duration; Élan Vital; Evolution; Criation; Bergsonism.Abstract
Para responder nossa questão principal, isto é, saber como se estabelece, no conjunto da obra de Bergson, a relação entre a sua filosofia da duração e a hipótese evolucionista do élan vital, tentaremos reconstituir a plataforma especulativa de onde parte A evolução criadora e o modo como Bergson faz da esfera da vida o ponto de intersecção entre as noções de duração e de evolução. Nosso objetivo será o de situar o contexto de emergência da imagem do élan vital para aí descobrir a especificidade do pensamento de Bergson, especificidade que dá unidade à sua filosofia e marca sua contribuição para a história da filosofia. Nesse sentido, acreditamos que a teoria do élan vital não pode ser separada dessa intuição fundadora do bergsonismo que é a duração, sem ser destituída do seu significado metafísico. Assim como a consciência, o universo inteiro dura. E essa duração se caracteriza essencialmente pela liberdade. Em todo lugar onde lidamos com a vida, encontramos sob formas diversas a duração imanente à vida. O evolucionismo bergsoniano traduzido pela imagem do élan vital pode então ser compreendido da seguinte forma: o princípio da vida transcende a vida.
Downloads
References
BERGSON, Henri. Oeuvres (Édition du Centenaire). Paris: PUF, 1959.
BERGSON, Henri. Mélanges. Textes publiés et annotés par André Robinet. Paris: PUF, 1972.
BERGSON, Henri. Correspondances. Textes publiés et annotés par André Robinet. Paris: PUF, 2002.
BERGSON, Henri. L’évolution créatrice. Édition critique. Paris: PUF/Quadrige, 2007.
BERGSON, Henri. As duas fontes da moral e da religião. Trad. Natanael C. Caixeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
BERGSON, Henri. Ensaio sobre os dados imediatos da consciência. Tradução: João da Silva Gama. Lisboa: Edições 70, 1988.
BERGSON, Henri. Evolução criadora. Trad. Bento Prado Neto. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
BERGSON, Henri. Matéria e memória. Trad. Paulo Neves. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
BERGSON, Henri. O pensamento e o movente. Trad. Bento Prado Neto. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
BERGSON, Henri. A energia espiritual. Trad. Rosemary Costhek Abílio. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
CAEYMAEX, Florence. Négativité et finitude de l’élan vital. La lecture de Bergson par Jankélévitch. In: WORMS, Frédéric et al. (org.) Annales Bergsoniennes IV. Paris: PUF, 2008, p. 634-640.
COIMBRA, Leonardo. A Filosofia de Henri Bergson. Lisboa: Imprensa Nacional, 1994.
FRANÇOIS, Arnaud (org.). L’Évolution créatrice de Bergson. Paris: Vrin, 2010.
HUSSON, Léon. L’intellectualisme de Bergson, genèse et développement de la notion bergsonienne d’intuition. Paris: PUF, 1947.
JANKÉLÉVICH, Vladimir. Henri Bergson. Paris: PUF, 1975.
LAPOUJADE, David. Puissances du temps. Versions de Bergson. Paris: Les Éditions de Minuit, 2010.
MIQUEL, Paul-Antoine. Bergson ou l’imagination métaphysique. Paris: Editions Kimé, 2007.
PHILONENKO, Alexis. Bergson ou de la philosophie comme science rigoureuse. Paris: Cerf, 1994.
PRADO Jr., Bento. Presença e campo transcendental: Consciência e Negatividade da Filosofia de Bergson. São Paulo: EDUSP, 1989.
RUSSEL, Bertrand. La méthode scientifique em philosophie. Tradução para o francês: Philippe Devaux. Paris: Payot, 2002.
WORMS, Frédéric. Bergson ou os dois sentidos da vida. Trad. Aristóteles Angheben Predebon. São Paulo: Editora Unifesp, 2010.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution License that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.
Português (Brasil)
English
Español (España)
Français (Canada)