Complacência, irresolução, fraternidade

Experiências comuns da utopia estética

Autores

  • Eduardo Pellejero UFRN

DOI:

https://doi.org/10.21680/1983-2109.2020v27n53ID21022

Palavras-chave:

Experiência estética, Subjetividade, Comunidade, Utopia

Resumo

Desnudando as formas que ganham o espaço e o tempo quando o real devém imagem, e o modo singular que adota o nosso pensamento quando se abre ao que as imagens dão a pensar, a fenomenologia da experiência estética da conta, não apenas das relações que estabelecem as nossas faculdades quando contemplamos sem objeto nem fim o que se oferece à nossa sensibilidade, mas também de uma utopia que abre os modos em que vemos, pensamos e fazemos o mundo a um futuro sem determinação. Utópicas pareceram ser, de fato, as coordenadas que a definem: a suspensão de qualquer interesse que vá além das dimensões aspetuais dos objetos da experiência, a momentânea colocação entre parêntese de qualquer saber prévio que possa facilitar a sua apreensão, a irresolução da atividade teleológica que governa os nosso impulsos cognitivos. O presente artigo pretende demonstrar que essas determinações transcendentais são, em todo o caso, algo mais do que uma ideia abstrata ou um ideal teórico, e que as nossas práticas contemplativas e criativas encontram-se sempre, em maior ou menor medida, perpassadas por elas, pertencendo manifestamente à ordem do comum.

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Publicado

03-06-2020

Como Citar

PELLEJERO, E. Complacência, irresolução, fraternidade: Experiências comuns da utopia estética. Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), [S. l.], v. 27, n. 53, p. 145–162, 2020. DOI: 10.21680/1983-2109.2020v27n53ID21022. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/21022. Acesso em: 13 nov. 2024.