Complacência, irresolução, fraternidade
Experiências comuns da utopia estética
DOI :
https://doi.org/10.21680/1983-2109.2020v27n53ID21022Mots-clés :
Experiência estética, Subjetividade, Comunidade, UtopiaRésumé
Desnudando as formas que ganham o espaço e o tempo quando o real devém imagem, e o modo singular que adota o nosso pensamento quando se abre ao que as imagens dão a pensar, a fenomenologia da experiência estética da conta, não apenas das relações que estabelecem as nossas faculdades quando contemplamos sem objeto nem fim o que se oferece à nossa sensibilidade, mas também de uma utopia que abre os modos em que vemos, pensamos e fazemos o mundo a um futuro sem determinação. Utópicas pareceram ser, de fato, as coordenadas que a definem: a suspensão de qualquer interesse que vá além das dimensões aspetuais dos objetos da experiência, a momentânea colocação entre parêntese de qualquer saber prévio que possa facilitar a sua apreensão, a irresolução da atividade teleológica que governa os nosso impulsos cognitivos. O presente artigo pretende demonstrar que essas determinações transcendentais são, em todo o caso, algo mais do que uma ideia abstrata ou um ideal teórico, e que as nossas práticas contemplativas e criativas encontram-se sempre, em maior ou menor medida, perpassadas por elas, pertencendo manifestamente à ordem do comum.
Téléchargements
Références
Bausch, Pina. Café Müller. Wuppertal, 1978.
Conti, Haroldo. “Compartir las luchas del pueblo” (1974). En: Revista Crisis (1973-1976) – Antología – Del intelectual comprometido al intelectual revolucionario. Bernal: Universidad de Quilmes Editorial, 2008.
Dufrenne. Mikel. Fenomenologia da experiência estética. Volume I: O objeto estético. Valencia: Fernando Torres Editor, 1982.
Eluard, Paul. Dar a ver. Madrid: Árdora Ediciones, 2019.
Kant, Crítica da Faculdade do Juízo. Trad. Valério Rohden y Antônio
Marques. Rio de Janeiro: Ed. Forense Universitária, 1993.
Merleau-Ponty, Maurice. “A linguagem indireta e as vozes do silêncio” (1952). En: Signos. São Paulo: Martin Fontes, 1991.
Merleau-Ponty, Maurice. “A linguagem indireta” (1952). En: O homem e a comunicação. A prosa do mundo. Rio de Janeiro: Edições Bloch, 1974.
Rancière, Jacques. “Schiller y la promesa estética”. En: Rivera, A. (ed.). Schiller, arte y política. Murcia: Universidad de Murcia - Servicio de publicaciones, 2010.
Rancière, Jacques. A revolução estética e seus resultados. São Paulo: Projeto Revoluções, 2011. Disponible en: http://www.revolucoes.org.br
Ronsenfield, Kathrin. Estética. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
Stolnitz, Jerome. “A atitude estética”. En: D’Orey, Carmo (org). O Que é a Arte? A Perspectiva Analítica. Lisboa: Dinalivro, 2007.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Termos da licença:
Não Comercial (NC) | Os licenciados podem copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, desde que sejam para fins não comerciais. |
Compartilha Igual (SA) | Os licenciados devem distribuir obras derivadas somente sob uma licença idêntica à que governa a obra original ou menos restritiva. |