What does it take for an author to create a fictional object?
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2109.2021v28n56ID23120Palavras-chave:
Objetos Ficcionais, Objetos Abstratos, Artefatos, Atos de Fala, PerformativosResumo
Neste artigo eu respondo à objeção principal de Stuart Brock (2010, 2016) ao artefactualismo. De acordo com Brock, artefactualistas como Amie Thomasson (1999) não conseguem explicar como e quando os objetos ficcionais são criados, sendo o artefactualismo, portanto, um tipo de criacionismo teológico. Contrariamente a Brock, e adaptando a teoria dos atos de fala de John Austin (1962) ao presente caso, eu argumento que objetos ficcionais são criados através de um proferimento performativo que, para ser feliz, deve (i) ser realizado pelo indivíduo adequado (um autor ou autora), (ii) com as intenções apropriadas (o ato de realização de ficção), no contexto adequado (associado às nossas práticas pré-estabelecidas de ficção) onde o autor ou autora (iv) nomeia, fornece ao menos uma descrição ou oferece uma imagem para instituir o objeto individual através dos seus atos intencionais.
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