As relações conviviais dos gregos: o éros e o erastés das relações cívicas e afetuosas [Living together among the Greeks: éros and erastés in civic loving relationships]

Autores

  • Miguel Spinelli Universidade Federal de Santa Maria, RS

DOI:

https://doi.org/10.21680/1983-2109.2016v23n40ID8534

Palavras-chave:

Éthos cívico, Erontía convivial, Érotas nómos, Eroménous e Erastés

Resumo

O objetivo deste artigo consiste em acercar-se de uma compreensão histórica a respeito de como os gregos conceberam as relações entre o erastés (em geral traduzido por amante) e o eroménous (por ama-do). O artigo se organiza sob quatro aspectos: (1) o da homossexualidade e da erastía (da afeição reservada ao paidós); (2) o da concepção do masculino e do feminino em conformidade com o estatuto cívico; (3) o das requisições do eroménous e do erastés no contexto das relações cívicas e conviviais; (4) o da primazia cívica do masculino sobre o feminino e a ideação platônica de Sócrates como o protótipo de Eros: do deus que doma dentro do peito humano a inteligência e a sensatez da vontade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Miguel Spinelli, Universidade Federal de Santa Maria, RS

Departamento de Filosofia

Referências

ATHÉNÉE DE NAUCRATIS. Les deipnosophistes. Livres I et II. Texte établi et traduit par Alexandre-Marie Desrousseaux avec le concours de Charles Astruc. Paris: Les Belles Lettres, 1956.

ATHÉNÉE DE NAUCRATIS. Banquete de los eruditos. Vol. I-II. Introducción, traducción y notas de Lucía Rodríguez-Noriega Guillén. Madrid: Gredos, 1997.

ARISTÓTELES. Política. ed. bilíngue. Trad. António Campelo Amaral e Carlos Gomes. Lisboa: Vega, 1998.

ARISTÓTELES. Constituição de Atenas. ed. bilíngue. Trad. Francisco Murari Pires. São Paulo: Hucitec, 1995.

CALAME, Claude. L’Éros dans la Grèce antique. Paris: Belin, 1996.

CARTLEDGE, Paul. The politics of Spartan pederasty. Proceedings of the Cambridge Philosophical Society, 27, 1981, p. 17-36.

DEMÓSTENES. Discursos politicos. Vol. I. Introducciones, tradución y notas de Antonio Lópes Eire. Madrid: Gregos, 1980.

DIÓGENES LAÉRCIO. Vidas, opiniones y sentencias de los filósofos más ilustres. Trad. José Ortiz y Sanz. Madrid: L. Navarro, 1887. Disponível em: < http://www.cervantesvirtual.com/obra-visor-din/vidas-opiniones-y-sentencias-de-los-filosofos-mas-ilustres-tomo-i--0/html/ >. Acesso em: 12 jan. 2016.

DIÓGENES LAÉRCIO. Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres. Trad. Mário da Gama Cury. Brasília: UnB, 1988.

DIÓGENES LAÉRCIO. Vite e dottrine dei più celebri filosofi. Testo greco a fronte, a cura di Giovanni Reale con la collaborazione di Giuseppe Girgenti e Ilaria Ramelli. Milano: Bompiani, 2005.

DOVER, Kenneth. Greek homosexuality. London: Duckworth, 1978.

EURÍPIDES. Tragédies. Trad. M. Artaud. Paris: Charpentier, 1842. Disponível em:

< http://remacle.org/bloodwolf/tragediens/euripide/index.htm >. Acesso em: 12 jan. 2016.

ÉSQUILO. Théatre. Traduction nouvelle avec texte intégral par Émile Chambry. Paris: Garnier Frères, 1964. Disponível em:

< http://remacle.org/bloodwolf/tragediens/eschyle/index.htm >. Acesso em 12 jan. 2016.

ÉSQUINES. Discours. Texte établi et traduit par Guy de Budé et Victor Martin. T. I. Contre Timarque - Sur l’ambassade infidèle; T. II: Contre Ctésiphon. 5. ed. Paris: Les Belles Lettres, 2002.

ESTRABÃO. Geographie. Trad. Amédée Tardieu. Paris: Librairie de L. Hachette, 1867. Disponível em:

< http://remacle.org/bloodwolf/erudits/strabon/livre104.htm >. Acesso em: 12 jan. 2016.

HERÓDOTO. Histoires, texte e?tabli et traduit par Philippe Ernest Legrand. Paris: Les Belles Lettres, 1966-1973;

HERÓDOTO. Histoire. Trad. Larcher. Paris: Charpentier, 1850. Disponível em: < http://remacle.org/bloodwolf/historiens/herodote/index.htm >. Acesso em 12 jan. 2016.

HESÍODO. Théogonie. Les travaux et les jours. Le bouclier. Text établi et traduit par Paul Mazon. Paris: Les Belles Lettres, 1972.

HESÍODO. Teogonia: a origem dos deuses. Estudo e tradução de Jaa Torrano. São Paulo: Iluminuras, 1995.

HOMERO. Ilíada. ed. bilíngue. Trad. de Haroldo Campos, com introdução e organização de Trajano Vieira. São Paulo: Arx, 2003. 2 v.

HOMERO. Odisseia. ed. bilíngue. Trad. Trajano Vieira. São Paulo: 34, 2011.

ISÓCRATES. Vol. II: Panégyrique, Plataïque, A Nicoclés, Nicoclés, Evagoras, Archidamos. Trad. Georges Mathieu et Émile Brémond. Paris: Les Belles Lettres, 1961.

ISÓCRATES. Vol. III: Sur la Paix, Aréopagitique, Sur L'Échange. Trad. Georges Mathieu et Émile Brémond. Paris: Les Belles Lettres,1962.

ISÓCRATES. Política e Ética: textos de Isócrates. Trad. Maria Helena Ureña Prieto. Lisboa: Presença, 1989.

LEITE, Priscilla Gontijo. Ética e retórica forense: asebeia e hybris na caracterização dos adversários em Demóstenes. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2014. Disponível em: < https://digitalis.uc.pt/ pt-pt/livro/ética_e_retórica_forense_asebeia_e_hybris_na_caracterização _dos_adversários_em_demóstenes >. Acesso em: 12 jan. 2016.

PLATÃO. Oeuvres complètes, v. 1: Hippias mineur; Alcibiade; Apologie de Socrate; Euthyphron; Criton. Texte établi et traduit par Maurice Croiset. Paris, Les Belles Lettres, 1953.

PLATÃO. Phèdre. Texte établi et traduit par Léon Robin. Paris: Les Belles Lettres, 1970.

PLATÃO. Diálogos: Apologia de Sócrates, Critão, Laquete, Cármides, Líside, Eutífrone, Protágoras, Górgias. Trad. Carlos Alberto Nunes. São Paulo: Melhoramentos, 1970.

PLATÃO. Fedro, Cartas, O primeiro Alcibíades. Trad. Carlos Alberto Nunes. Pará: UFPA, 1975.

PLATÃO. O Banquete ou Do amor. Trad. J. Cavalcante de Souza, J. Paleikat e J. Cruz Costa. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

PLATÃO. Le Banquet. ed. bilíngue grego-francês. Trad. Paul Vicaire. Paris: Les Belles Lettres, 1989.

PLATÃO. Lois. Texte établi et traduit par Édouard des Places. Paris: Les Belles Lettres, 1992.

PLATÃO. República. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: C. Gulbenkian, 1993.

PLATÃO. República. A cura di Franco Sartori. Con testo a fronte. Bari: Laterza, 1997.

PLUTARCO. Moralia. Vol. I: Sobre la educación de los hijos. Cómo debe el joven escuchar poesía; Sobre cómo se debe escuchar. Cómo distinguir a un adulador de un amigo. Cómo percibir los propios progresos en la virtud. Cómo sacar provecho de los enemigos. Sobre la abundancia de amigos. Trad. Concepción Morales y José García Lópes Madrid: Gredos, 1984.

PLUTARCO. Vidas paralelas. Vol. I: Teseo, Rómulo, Licurgo, Numa. Trad. Aurelio Pérez Jiménes. Madrid: Gredos, 1985.

PLUTARCO. Obras morales y de costumbres. (Moralia). IV – Charlas de sobremesa. Traducción Francisco Martín García. Madrid: Gredos, 1987.

PLUTARCO. Vidas paralelas. Vol. VIII: Foción-Catón el Joven, Demóstenes-Cicerón, Agis-Cleómenes, Tiberio-Gayo Graco. Trad. Carlos Alcade Martín y Marta González González. Madrid: Gregos, 2010.

SERGENT, Bernard. L’homossexualité initiatique dans l’Europe ancienne. Paris: Payot, 1986.

SÓFOCLES. Fragmentos. Trad. José María Lucas de Dios. Madrid: Gredos, 1981.

SOUSA, Luana Neres de. O ideal de kalokagathia em Xenofonte: uma análise dos excessos. Romanitas – Revista de Estudos Grecolatinos, LEIR, Universidade Federal do Espirito Santo. v. 2, 2013, p. 231-245. Disponível em:

< http://periodicos.ufes.br/romanitas/article/view/7419/5222 >. Acesso em: 12 jan. 2016.

SPINELLI, Miguel. Platão e alguns mitos que lhe atribuímos. Trans/Form/Ação. São Paulo, v. 30, n. 1, 2007, p. 191-204. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/trans/v30n1/v30n1a12.pdf >. Acesso em: 12 jan. 2016.

TUCÍDIDES. História da guerra do Peloponeso. 3. ed. Trad. Mário da Gama Kury. Brasília: UnB, 1987.

TUCÍDIDES. História da guerra do Peloponeso. Traducción y notas de Juan José Torres Esbarranch. Madrid: Gredos, 1990.

ULLMANN, Reinholdo Aloysio. Amor e sexo na Grécia Antiga. Porto Alegre: Edipucrs, 2005.

XENOFONTE. Apomnemoneýmata. Xenophontis commentarii, recensuit Carolus Hude. Lipsiae: Teubneri, 1969.

XENOFONTE. Banquete, Recuerdos de Sócrates, Económico, Apología de Sócrates. Traducciones y notas de Juan Zaragoza. Madrid: Gredos, 1993.

XENOFONTE. Banquete. Apologia de Sócrates. Trad. Ana Elias Pinheiro. Coimbra: Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra, 2008.

XENOFONTE. Le revenus. Trad. Eugène Talbot. Paris: L. Hachette, 1859. Disponível em:

< http://remacle.org/bloodwolf/historiens/xenophon/revenus.htm >. Acesso em: 12 jan. 2016.

Downloads

Publicado

24-06-2016

Como Citar

SPINELLI, M. As relações conviviais dos gregos: o éros e o erastés das relações cívicas e afetuosas [Living together among the Greeks: éros and erastés in civic loving relationships]. Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), [S. l.], v. 23, n. 40, p. 215–260, 2016. DOI: 10.21680/1983-2109.2016v23n40ID8534. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/8534. Acesso em: 19 abr. 2024.