Sobre a viabilidade da noção de conteúdo mental estreito
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2109.2020v27n53ID20618Palabras clave:
Conteúdo Mental; Internalismo; ExternalismoResumen
No sentido relevante para a discussão filosófica, conteúdos são entidades abstratas que uma teoria semântica associa a proferimentos linguísticos e a atos de pensamentos. Ao caracterizar os estados cognitivos subjacentes aos atos de fala e de pensamento, essas entidades abstratas são utilizadas na interpretação da linguagem e das expressões do pensamento. Mediante o recurso aos conteúdos, nós visamos dar conta do desenvolvimento temporal desses estados cognitivos, do seu desdobramento em outros estados cognitivos e, eventualmente, em ações intencionais. O “cálculo” abstrato com os conteúdos visa explicar as inferências concretas teóricas e práticas envolvendo os estados cognitivos. Muitos filósofos consideram plausível a tese segundo a qual o desenvolvimento dos estados cognitivos de um agente racional depende exclusivamente de suas propriedades intrínsecas. A isto corresponde a tese de que existe um conteúdo estreito que abstrai das relações que conectam o indivíduo ao meio ambiente natural e social. A discussão filosófica nas últimas décadas mostrou que é muito difícil ou talvez (como alguns preferem) impossível dar uma formulação satisfatória à noção de conteúdo estreito. Este é o problema geral em torno do qual giram as considerações apresentadas neste trabalho. Em termos mais específicos, o objetivo do artigo é motivar a reconsideração da posição internalista do conteúdo mental para dar conta de problemas o conhecimento introspectivo, causação mental e enigmas da racionalidade.
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