VER PARA CRER: A ARTE DE OLHAR E A FILOSOFIA DAS IMAGENS
Palabras clave:
Imagens, Olhar, Pintura, Merleau-Ponty, Didi-Huberman, RancièreResumen
Retomada de forma dogmática, a tematização
platónica da pintura projeta sobre a produção e a contemplação
de imagens atributos de irrealidade, irracionalidade e
passividade, fazendo do olhar o oposto de conhecer e o oposto
de atuar, uma aceitação acrítica das aparências, coisa de
crianças. O presente artigo pretende problematizar essa tradição
iconoclasta, colocando em causa os seus pressupostos filosóficos
e explorando a potência das imagens da arte e do olhar crítico.
Dialogando com as obras de Merleau-Ponty, Berger, Damish,
Didi-Huberman, Manguel e Rancière, aspira a mostrar que os
olhares do pintor e do espectador estão longe de deixar-se
reduzir às simplificações platónicas, dando lugar a uma dialética
crítica e criativa que desconhece qualquer distinção entre
aparência e realidade, entre passividade e atividade, e, em
última instância, entre interpretar e transformar o mundo.
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Citas
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