FATORES ASSOCIADOS AO NÃO USO DA PRÓTESE TOTAL INFERIOR E SEU IMPACTO EM IDOSOS BRASILEIROS
DOI:
https://doi.org/10.21680/2446-7286.2021v7n3ID25371Resumo
Introdução: Grande parte dos idosos caracteriza a reabilitação com prótese total como satisfatória. Entretanto, alguns se mostram insatisfeitos devido a dificuldades com a adaptação, principalmente em relação a prótese total mandibular. Objetivo: Identificar a prevalência e os fatores associados ao não uso da prótese total inferior em idosos. Ademais, verificou-se o impacto do não uso dessa prótese na autopercepção de saúde bucal e na dificuldade de se alimentar. Método: Trata-se de um estudo de base populacional e transversal. Para a sua realização, foi utilizado a base de dados da última Pesquisa Nacional de Saúde realizada no Brasil. Inicialmente, o teste Qui-quadrado foi usado para a análise dos dados. Em seguida, uma análise multivariada do tipo regressão múltipla de Poisson foi realizada para o ajuste das razões de prevalência. Resultados:Participaram 4.582 idosos brasileiros, dos quais 27,1% não faziam uso da prótese total inferior. O não uso da prótese esteve associada aos idosos mais velhos (p=0,001), aos sem instrução (p=0,001), aos que não possuem plano de saúde (p=0,019), aos que fumam (p=0,012) e aos que não realizavam higiene bucal todos os dias (p<0,001). O não uso da prótese total inferior impactou em uma pior autopercepção de saúde bucal (p=0,001) e em maiores dificuldades de se alimentar (p<0,001). Conclusões: O não uso de prótese total inferior está associado a piores condições socioeconômicas e a um pior estilo de vida, fortemente ligado ao ato de fumar. Ademais, o não uso da prótese impacta negativamente na autopercepção de saúde bucal e na alimentação.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
À Revista Ciência Plural ficam reservados os direitos autorais referente a todos os artigos publicados.