A EXPERIÊNCIA DO APOIO PARA O FORTALECIMENTO DO MANEJO DA SÍFILIS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.18816/r-bits.v10i4.23959Resumo
Apresenta-se uma experiência de intervenção vivenciada junto aos profissionais da Atenção Primária das Unidades Básicas de Saúde (UBS) de um município da região metropolitana do Maranhão, executada no contexto do Projeto Resposta Rápida à Sífilis – Sífilis Não do Ministério da Saúde (MS), durante o mês de outubro de 2019. Utilizou-se uma metodologia que envolveu a educação permanente em saúde, com estabelecimento de vários espaços coletivos com participações efetivas. A intervenção aconteceu em 04 etapas, com várias estratégias de diálogos, trocas, debates e estudos de casos sobre a sífilis adquirida e congênita. O primeiro momento constituiu-se em uma reunião para pactuações e alinhamentos da proposta com a SEMUS e SES; na segunda etapa, oficializou-se a intervenção e houve a comunicação aos gerentes das UBS; a etapa três constituiu-se das realizações das rodas de conversas in loco nas UBS, durante três semanas, envolvendo 22 equipes de Estratégia Saúde da Família, perfazendo um total de 271 participantes. Observou-se a dificuldade por parte de alguns profissionais, médicos e enfermeiros, na condução do manejo da sífilis no pré-natal das gestantes e suas parcerias sexuais, relacionados desde a oferta e solicitação do exame, o diagnóstico de sífilis na gestante, o tratamento e a importância do VDRL para o seguimento dos casos. Evidenciou-se que muitas condutas não estavam em consonância com o PCDT IST (2019), do MS, que estabelece os critérios para diagnóstico de infecções/doenças ou agravos à saúde, o tratamento, com recomendações a serem seguidas pelos profissionais de saúde e gestores do SUS. E, que os odontólogos necessitam ser envolvidos nas ações de prevenção e manejo da sífilis. A etapa final permitiu análises sobre o nível de conhecimento adquirido pelos profissionais, e revelou a importância do apoio institucional junto ao Projeto Sífilis Não. Considera-se que a intervenção contribuiu para a reorganização das práticas colaborativas desses profissionais da atenção primária a saúde, na perspectiva de melhoria na atenção aos usuários(as) com sífilis e o incentivo a participarem de outras ações, intervenção e estudos sobre a temática.