ADAPTABILIDADE NA ARQUITETURA

Um protótipo para comunidades carentes no Recife.

Autores

  • Fernando Diniz Moreira Universidade Federal de Pernambuco /
  • José Evandro de Moura Rosa Henriques Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.21680/2448-296X.2019v4n1ID16891

Palavras-chave:

adaptabilidade, habitar, arquitetura vernacular, palafitas, protótipo

Resumo

Adaptabilidade é experiência. É uma expressão, uma melhoria, uma aspiração. O mundo continua se transformando e os humanos fazem parte desse processo constante e mutante. Este artigo discute o conceito da adaptabilidade como uma característica intrínseca do ser humano que toma forma extrinsecamente ao corpo humano através da arquitetura. As definições de lugar e a essência da habitação são, portanto, analisadas como forma de elucidar as relações do homem com o meio em que ele está inserido, por meio da observação da arquitetura vernacular como tradutora pura dessas conexões. Nesse sentido, exploram-se as palafitas da cidade do Recife na convocação desse debate, contrariando visões negativas sobre o potencial arquitetônico dessas habitações. O resultado é o desenvolvimento de estratégias projetuais e um protótipo experimental de uma residência adaptável de acordo com a realidade anfíbia do Recife, como reflexo de uma metodologia inspirada nos estudos do Adaptable Futures Group, um grupo de pesquisa estruturado na Loughborough University, Inglaterra.

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Biografia do Autor

Fernando Diniz Moreira, Universidade Federal de Pernambuco /

Arquiteto pela Universidade Federal de Pernambuco (1989) e historiador pela Universidade Católica de Pernambuco (1991). É mestre em Desenvolvimento Urbano pela UFPE (1994) e em arquitetura pela University of Pennsylvania (2001) e Ph.D. em Arquitetura pela University of Pennsylvania (2004). Atualmente é professor associado da Universidade Federal de Pernambuco(UFPE), pesquisador nível 2 do CNPq e assessor ad hoc da Capes, do CNPq, da Fapesp e do Arts & Humanities Research Council-UK. Foi um dos fundadores do Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada (CECI) tendo sido seu diretor-geral entre 2009 e 2011 e membro do conselho em outras ocasiões. Foi professor visitante na Universidade Técnica de Lisboa (2011) e na University of Pennsylvania (2003-2004), ICCROM Fellow (2008) e Samuel H. Kress Foundation scholar (2003-2004). Foi eleito duas vezes Conselheiro Federal por Pernambuco no Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR) na gestão fundadora (2012-2014) e na seguinte (2015-2017), membro da diretoria da ANPARQ (2011-2012), ABEA (2013-2014) e membro da diretoria (2014-2015) e Coordenador-Geral (2016-2017) do Docomomo Brasil. Sua área de interesse reside em teoria e história da arquitetura, história do urbanismo e conservação. Sobre estes assuntos tem cerca 70 artigos, livros e capítulos de livros publicados em mais de dez países. Tem também experiência profissional em conservação urbana e arquitetônica, tendo participado das equipes do Plano Metrópóle 2010 (1998), Plano Diretor do Conjunto Franciscano de Olinda (2005-06) da Casa Torquato de Castro (2010) e do Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (2011).

José Evandro de Moura Rosa Henriques, Universidade Federal de Pernambuco

Arquiteto e Urbanista pela Universidade Federal de Pernambuco (2018). B.Arch in Architecture pelo Illinois Institute of Technology (2014-2015). Research Assistant na University of Southern California (2015). Co-fundador do coletivo 'Oxe, minha cidade é massa!' com 4 outros arquitetos, com objetivo de engajar a população, transformando-os em reais ativadores urbanos na cidade e resgatando conceitos como a memória afetiva e o pertencimento do lugar. 

Referências

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Publicado

14-05-2019

Como Citar

MOREIRA, F. D.; HENRIQUES, J. E. de M. R. ADAPTABILIDADE NA ARQUITETURA: Um protótipo para comunidades carentes no Recife. Revista Projetar - Projeto e Percepção do Ambiente, [S. l.], v. 4, n. 1, p. 126–140, 2019. DOI: 10.21680/2448-296X.2019v4n1ID16891. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/revprojetar/article/view/16891. Acesso em: 23 dez. 2024.

Edição

Seção

PRÁXIS