A ARQUITETURA DA SALA DE AULA SOB A ÓTICA DOS USUÁRIOS

Autores

  • Marina Bernardes Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí, UNIDAVI.
  • Lizandra Garcia Lupi Vergara Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC.
  • Marcele Salles Martins Universidade de Passo Fundo, UPF.

DOI:

https://doi.org/10.21680/2448-296X.2020v5n1ID19126

Palavras-chave:

arquitetura escolar, projeto de sala de aula, percepção dos usuários

Resumo

As salas de aula têm papel importante não apenas no bem-estar dos usuários, mas também, ao facilitar ou dificultar suas atividades, influenciando no aprendizado.  Diante disso, a pesquisa investigou a percepção de professores e estudantes sobre suas salas de aula, a fim de aprimorar o espaço educacional e contribuir com agentes do setor da educação e com projetistas na tomada de decisões sobre o espaço físico da escola. Os dados foram coletados por meio de questionário e poema dos desejos. A amostra foi composta por 57 participantes: 33 estudantes do ensino fundamental (4º ao 7º ano) e 24 professores vinculados às suas turmas. Os resultados apontam que com os elementos inerentes à arquitetura - como janelas (acesso visual e físico a áreas externas), amplitude da sala, revestimentos, conforto térmico, acústico e lumínico - é possível tornar a sala de aula um ambiente adequado ao bem-estar dos usuários. As percepções de estudantes e professores entrevistados são convergentes no tocante à valorização do contato com vegetação e do conforto ambiental: o contato físico com a vegetação foi o único fator com avaliação inferior ao ponto médio da escala, na percepção dos docentes; para os alunos, o anseio pelo “contato com a natureza” foi um dos aspectos mais mencionados; quanto ao conforto ambiental, os professores destacaram a necessidade de melhorar a acústica, e os alunos solicitaram melhoria na iluminação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marina Bernardes, Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí, UNIDAVI.

Arquiteta e Urbanista, Mestre em Arquitetura e Urbanismo.

Lizandra Garcia Lupi Vergara, Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC.

Arquiteta e Urbanista, Doutora em Engenharia de Produção.

Marcele Salles Martins, Universidade de Passo Fundo, UPF.

Arquiteta e Urbanista, Mestre em Engenharia Civil. 

Referências

BAKER, Julie; GREWAL, Dhruv; PARASURAMAN, Ananthanarayanan. The influence of store environment on quality inferences and store image. Journal of the academy of marketing science, v. 22, n. 4, p. 328-339, 1994.

BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Estabelece as diretrizes e base da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 de dezembro de 1996.

CAMPOS-DE-CARVALHO, M. I. Psicologia ambiental e do desenvolvimento: o espaço em instituições infantis. Psicologia ambiental: Entendendo as relações do homem com seu ambiente, p. 181-196, 2004.

ELALI, Gleice Azambuja. Psicologia e Arquitetura: em busca do locus interdisciplinar. Estudos de psicologia, v. 2, n. 2, p. 349-362, 1997.

EVANS, Gary W.; MCCOY, Janetta Mitchell. When buildings don’t work: the role of architecture in human health. Journal of Environmental psychology, v. 18, n. 1, p. 85-94, 1998.

FELIPPE, Maíra Longhinotti; KUHNEN, Ariane; DA SILVEIRA, Bettieli Barboza. Como seria uma escola ideal? o que dizem os estudantes. Revista de Psicologia da IMED, v. 8, n. 2, p. 109-121, 2016.

FUNARI, Teresa BS; KOWALTOWSKI, Doris CCK. Arquitetura escolar e avaliação pós-ocupação. ENCAC-ELACAC, Maceió, Alagoas, Brasil. Disponível online no endereço url: pesqdoris. e-social. com. br/publicacoes, 2005.

GUIDALLI, CRR. Diretrizes para o projeto de salas de aula em universidades visando o bem-estar do usuário. 2012. 237f. 2012. Tese de Doutorado. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis.

GUNTHER, Hartmut. A Psicologia Ambiental no campo interdisciplinar de conhecimento. Psicol. USP,São Paulo , v. 16, n. 1-2, p. 179-183, 2005.

SANOFF, Henry. School Building Assessment Methods. 2001.

JAYARATNE, Kapila. Inculcating the ergonomic culture in developing countries: national healthy schoolbag initiative in Sri Lanka. Human factors, v. 54, n. 6, p. 908-924, 2012.

KOWALTOWSKI, Doris CCK. Arquitetura escolar: o projeto do ambiente de ensino. São Paulo-SP. Oficina de textos, 2011.

LØNDAL, Knut. Places for Child-Managed Bodily Play at an After-School Program. Children Youth and Environments, v. 23, n. 2, p. 103-126, 2013.

MATSUOKA, 2010; HAN, 2009; WU et al., 2014; HODSON E SANDER, 2017

MATSUOKA, Rodney H. Student performance and high school landscapes: Examining the links. Landscape and urban planning, v. 97, n. 4, p. 273-282, 2010.

HAN, Ke-Tsung. Influence of limitedly visible leafy indoor plants on the psychology, behavior, and health of students at a junior high school in Taiwan. Environment and Behavior, v. 41, n. 5, p. 658-692, 2009.

HODSON, Cody B.; SANDER, Heather A. Green urban landscapes and school-level academic performance. Landscape and Urban Planning, v. 160, p. 16-27, 2017

MOORE, Gary T. Estudos de comportamento ambiental. Introdução à Arquitetura, p. 65-88, 1984. PROSHANSKY, 1987.

RHEINGANTZ, Paulo Afonso et al. Observando a qualidade do lugar: procedimentos para a avaliação pós-ocupação. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Pós-Graduação em Arquitetura, 2009.

STONE, Nancy J. Human factors and education: Evolution and contributions. Human factors, v. 50, n. 3, p. 534-539, 2008.

ULRICH, Roger. View through a window may influence recovery. Science, v. 224, n. 4647, p. 224-225, 1984.

WISNER, A. Diagnosis in ergonomics: The choice of operating models in field research. Ergonomics, 1972.

WOOLNER, Pamela; HALL, Elaine. Noise in schools: a holistic approach to the issue. International journal of environmental research and public health, v. 7, n. 8, p. 3255-3269, 2010.

Downloads

Publicado

23-01-2020

Como Citar

BERNARDES, M.; GARCIA LUPI VERGARA, L.; SALLES MARTINS, M. A ARQUITETURA DA SALA DE AULA SOB A ÓTICA DOS USUÁRIOS. Revista Projetar - Projeto e Percepção do Ambiente, [S. l.], v. 5, n. 1, p. 49–61, 2020. DOI: 10.21680/2448-296X.2020v5n1ID19126. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/revprojetar/article/view/19126. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

PESQUISA