CAIC JOSÉ JOFFILY DE CAMPINA GRANDE
Anamnese da obra
DOI:
https://doi.org/10.21680/2448-296X.2020v5n3ID20464Palavras-chave:
arquitetura; Lelé; análise arquitetônica; conservação.Resumo
O artigo possui como objeto de estudo o complexo educacional do Centro de Atenção Integral à Criança (CAIC) José Jofilly, pertencente ao Governo do Estado da Paraíba, vinculado à Secretaria de Educação estadual, localizado no bairro das Malvinas, Campina Grande. O projeto foi inserido em um programa de desenvolvimento nacional de educação em tempo integral para a população de baixa-renda, tendo seu protótipo desenvolvido no início da década de 90, pelo arquiteto João da Gama Filgueiras Lima (o Lelé) e replicado em diversas cidades brasileiras. O artigo realiza um levantamento de dados históricos sobre a edificação e a obra, conhecido por anamnese. A investigação ocorreu através da observação das dimensões arquitetônicas do CAIC José Jofilly e dos valores das soluções projetuais e construtivas adotadas, observando seu atual estado de conservação. Tal proposta poderá servir de base paraa análise arquitetônica de outros complexos existentes no país e que encontram-se em estado de conservação precária. A atividade se justifica pois a obra é relativamente nova e de autoria de um mestre da arquitetura brasileira mas, mesmo assim, encontra-se com risco de demolição, sem a devida manutenção e conservação pelo poder público. Para apresentar tal levantamento será utilizada uma proposta metodológica desenvolvida pelo AUTOR 1 (2019), que propôs o estudo das dimensões arquitetônicas para a compreensão do objeto: Dimensão normativa; Dimensão histórica; Dimensão espacial (i. O espaço externo; ii. O espaço interno); Dimensão Tectônica; Dimensão Funcional; Dimensão formal; Dimensão da conservação do objeto.
Downloads
Referências
AUTOR 1. Fábrica e invenção. A conservação da obra do CAIC em Campina Grande. Paraíba. Belo Horizonte: Icomos Brasil.2019
AUTOR 1. Patrimônio tecnológico da construção civil: a tectônica da pré-fabricação na arquitetura de João Filgueiras Lima e o trabalho precursor da escola transitória/ modelo rural, em Abadiânia. Goiás. 1984. Gijón: XXI Jornadas Europeias de patrimônio industrial. 2019.
AUTOR 1. Notas sobre métodos para a pesquisa arquitetônica patrimonial. Revista Projetar - Projeto e Percepção do Ambiente, v. 4, n. 3, p. 54-70, 12 dez. 2019.
AUTOR 1. Tectônica da modernidade: desafios para a preservação da arquitetura moderna no nordeste brasileiro. Belo Horizonte: 2º simpósio científico do ICOMOS Brasil.2018.
AUTOR 2. Cai ou não cai? Anamnese do CAIC José Joffily em Campina Grande-PB. Campina Grande: III Seminário Nacional Fontes Documentais e Pesquisa Histórica: Cultura, poder, sociedade e identidade. 2019.
Constituição da República Federativa do Brasil. Texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988. Com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais de 01/1992 a 91/2016. Palácio do Planalto. Brasília, ago 2016. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acessado em 20 de junho de 2019.
COSTA, L. Considerações sobre arte contemporânea (1940). In: L. COSTA, Registro de uma vivência. São Paulo, Empresa das Artes, p. 245-258. 1995
COSTA, L. Depoimento de Lúcio Costa sobre Lelé. 1985 In FERRAZ, Marcelo; LATORRACA, G. (org). Lelé: João Filgueiras Lima. Lisboa: Editora Blau. Instituto Lina Bo Bardi e P. M. Bardi. 2000.
FERRAZ, M; LATORRACA, G. (org). Lelé: João Filgueiras Lima. Lisboa: Editora Blau. Instituto Lina Bo Bardi e P. M. Bardi. 2000.
FRAJNDLICH, R. U. (Um panorama da vida e obra de João Filgueiras Lima, Lelé. Edição 244 - Julho/2014 em rede http://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/244/artigo318123-1.aspx.2014.
FRAMPTON, K. Estudios sobre la cultura tectónica. Madrid: Akal Arquitectura.1999.
GASTÓN, C; ROVIRA, T. El proyecto Moderno: Pautas de Investigación. Barcelona: Ediciones UPC, 2007.
GUIMARÃES, A; SEGAWA, H. João Filgueiras Lima: o último dos modernistas. 2003. Universidade de São Paulo, São Carlos, 2003.
LATORRACA, G. (org). Lelé: João Filgueiras Lima. Lisboa: Editora Blau. Instituto Lina Bo Bardi e P. M. Bardi.
LIMA, J. F. O que é ser arquiteto: memórias profissionais de Lelé. Depoimento dado a Cynara Menezes. Rio de Janeiro: Record.2004.
MAHFUZ, E. Reflexões sobre a construção da forma pertinente. Arquitextos, São Paulo, ano 04, n. 045.02, Vitruvius, fev. 2004. <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.045/606>.
MONTANER, J. As formas do século XX. Barcelona: Gustavo Gili.2002.
PIÑÓN, H. Teoria do projeto. Traduzido por E. Mahfuz. Porto Alegre: Livraria do arquiteto. 2006
REBELLO, Y. A Concepção Estrutural e a Arquitetura. Editora Zigurate, São Paulo, 2000.
REBELLO, Y; LEITE, M. O mestre-construtor. Em OLHARES: Visões sobre a obra de João Filgueiras Lima/ André Aranha Corrêa do Lago... [et al]; Claudia Estrela Porto, organização. – Brasília: Editora da UnB, 2010. 176 p.
RISSELADA, M; LATORRACA, G. A arquitetura de Lelé: fábrica e invenção. São Paulo: MCB, Museu da Casa Brasileira, 2010.
SEGAWA, H. Lelé: Tecnologia com sentido social. Em DELIJAICOV, A et al (org). Raume bilden formar espaços, espaços que forma. São Paulo: FAUUSP, 2017.
SERRA, G. Pesquisa em arquitetura e urbanismo. Guia prático para o trabalho de pesquisadores em pós-graduação. São Paulo: EDUSP, 2006.
SOBRINHO, J; PARENTE, M. CAIC: Solução ou Problema? Brasília, Ed. BNDES, Ipea. 1995.
SOUZA, V. C.; RIPPER, T. Patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 1998.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual segundo a qual é permitido o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir, separadamente, contratos adicionais para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) desde que concluído o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
- Não recomenda-se publicação e distribuição do artigo antes de sua publicação, pois isso poderá interferir na sua avaliação cega pelos pares.