PERCEPÇÃO E COMPORTAMENTO DE PEDESTRES EM AMBIENTES DE CAMINHADA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/2448-296X.2024v9n3ID34445

Palavras-chave:

Percepção, Pedestres, Espaço de caminhada

Resumo

O uso e a apropriação dos espaços públicos para a prática da caminhada está relaciona à qualidade espacial desses locais, essa qualidade é definida por uma série de elementos morfológicos que podem influenciar tanto de forma positiva quanto negativa a experiência dos pedestres. A percepção que os usuários têm desses espaços está intrinsecamente ligada à sua experiência física e visual ao se deslocar por esses trajetos urbanos. Nesse contexto, o presente artigo apresenta dados sobre a percepção dos usuários de um espaço público dedicado à realização de atividades físicas. A avaliação da percepção é conduzida em três fases distintas, a análise dos aspectos físicos, examinando os elementos concretos e estruturais presentes nas áreas de caminhada. Seguida de uma análise de observação sistemática, realizada para identificar padrões de deslocamento, atividades e comportamentos dos usuários. E, aplicação de entrevista aos pedestres que utilizam a área, para identificar a percepção e satisfação em relação ao ambiente de caminhada. O local investigado corresponde a uma área pública de passagem e permanência amplamente utilizada pela população da cidade de Bauru-SP para a prática de atividades físicas e de lazer. Os resultados demonstram a eficácia do instrumento em identificar quais elementos afetam a percepção dos usuários, sejam eles positivos ou negativos. A aplicação deste instrumento oferece uma análise aprofundada e perceptiva dos ambientes de caminhada, fornecendo um diagnóstico do local, servindo de base para a formulação de projetos e diretrizes que visam a melhoria da qualidade espacial dessas áreas urbanas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Glaucia Hellen de Freitas Marangão, Mestranda, UNESP, Brasil.

Mestre, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Renata Cardoso Magagnin, UNESP

Professora Doutora, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Referências

APPLEYARD, D.; LYNCH, K.; MYER, J.R. The View from the Road. 2 ed. Massachusetts Institute of Technology, 1964.

BENEDET, M. S. Apropriação de praças públicas centrais em cidades de pequeno porte. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.

CARMONA, M.; TIESDELL, S.; HEATH, T.; OC, T. Public Places, Urban Spaces. The dimensions of urban desing. 2 ed. Elsevier, 2010.

CASTELLO, L. Repensando o lugar no projeto urbano. Variações na percepção de lugar na virada do milênio. Tese (Doutorado) Programa de Pós-graduação em Arquitetura, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005.

CULLEN, G. Paisagem urbana. Lisboa: Edições 70, 2002.

EWING, R.; HANDY, S. Measuring the unmeasurable: urban design qualities related to walkability. Journal of Urban Design, 14(1), p. 65-84. 2009. Disponível em: https://doi.org/10.1080/13574800802451155. Acesso em: 04 jun. 2023.

GEHL, J. Cidades para pessoas. 3 ed. São Paulo: Perspectiva, 2015.

GRAJEWSKI, T.; VAUGHAN, L. Space Syntax Observation Manual. London: University College London. 18p, 2001.

ITDP Brasil – Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento. Índice de Caminhabilidade Versão 2.0 – Ferramenta, Rio de Janeiro, 2018. Disponível em: https://itdpbrasil.org/icam2/. Acesso em: 04 jun. 2023.

KOHLSDORF, M. E. Apreensão da forma da cidade. Brasília: Universidade de Brasília, 1996.

KOWARICK, A. C. B. Comunicação visual urbana: a percepção do usuário em movimento, estudo de caso em Porto Alegre. Tese (Doutorado). Programa de Pós-graduação em Planejamento Urbano e Regional, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2016.

MAGAGNIN, R. C.; FONTES, M. S. G. de C.; SALCEDO, R. F. B. Spatial quality evaluation of pedestrian streets. Journal of Civil Engineering and Architecture. v. 8. p. 1574-1584. 2014. Disponível em: https://www.davidpublisher.com/index.php/Home/Article/index?id=2503.html. Acesso em: 04 jun. 2023.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 8ª ed. Editora Atlas S.A. Campos Elísios, São Paulo. 2017.

MONTEIRO, E. Z.; TORICELLI, R. C. Caminhabilidade: consolidando atributos de análise qualitativa. PORTUGUESE NETWORK OF URBAN MORPHOLOGY (PNUM/2017). Anais do ..., Vol. 1, p.1-10, Vitória, ES, Brasil, ago. 2017.

PIRES, I. B. Índice para avaliação da caminhabilidade no entorno de estações de transporte público. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Bauru, 2018.

RHEINGANTZ, P. A.; AZEVEDO, G. A.; BRASILEIRO, A.; ALCANTARA, D.; QUEIROZ, M. Observando a Qualidade do Lugar: Procedimentos para a Avaliação Pós-ocupação. Rio de Janeiro: Proarq, 2009.

SANTANA, T. C. S. Uma reflexão sobre a vitalidade urbana das praças de Natal/RN. Tese (Doutorado). Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015.

SANTANA, T. C. S.; RAGAZZI, G. C. Vitalidade urbana nos espaços públicos: um estudo na cidade do Porto, Portugal. Paisag. Ambiente: Ensaios, São Paulo, v. 30, n. 43, e159243, 2019. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/paam/article/view/159243. Acesso em: 09 jun. 2023.

SASTRE, R. M. Qualidade espacial urbana: o ponto de vista do pedestre. Tese (Doutorado). Programa de Pós-graduação em Urbanismo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.

SCHUTZER, K. A. A percepção do pedestre sobre a qualidade da paisagem urbana. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-graduação em Engenharia Urbana, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2011.

SILVA, N. B. P. Olhar a cidade: (re)descobertas perceptivas espaciais. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2017.

SILVA, R. B. A. Instrumento para avaliar a qualidade espacial de praças: estudo em praças de áreas centrais. 2020. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Bauru, 2020.

SILVA, R. B. A.; MAGAGNIN, R. C.; FONTES, M. S. G. C. Avaliação da qualidade espacial e vitalidade de praças. In: 9° Congresso Luso-Brasileiro para o Planejamento Urbano, Regional, Integrado e Sustentável - PLURIS 2021, Online. Anais do 9° Congresso Luso-Brasileiro para o Planejamento Urbano, Regional, Integrado e Sustentável, p. 01-12. 2021.

TIMENI, G. C. C.; ELALI, G. A. A percepção do espaço urbano por meio de estímulos sensoriais: um estudo com pessoas cegas. VIII Encontro nacional sobre ergonomia do ambiente construído / IX Seminário Brasileiro de Acessibilidade integral. Anais do ENEAC 2020 (digitais). Natal/Rio de Janeiro: Edgar Blucher, p. 1-15, 2020.

TONON, B. F. Instrumento para avaliação da qualidade espacial do ambiente de pedestres. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Bauru, 2019.

VELOSO, M. Disciplinary knowledge versus public perception on urban conservation - some contradictions between discourse and actual practice in Brazil. In: 4th International Seminar on Urban Conservation. Anais do 4th International Seminar on Urban Conservation. Recife. 2004.

YAO, Y.; WANG, J.; HONG, Y.; QUIAN, C.; GUAN, Q.; LIANG, X.; DAI, L.; ZHANG, J. Discovering the homogeneous geographic domain of human perceptions form street view images. Landscape and Urban Planning. v. 212, abril 2021. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0169204621000888. Acesso em: 09 jun. 2023.

Downloads

Publicado

26-09-2024

Como Citar

MARANGÃO, G. H. de F.; MAGAGNIN, R. C. PERCEPÇÃO E COMPORTAMENTO DE PEDESTRES EM AMBIENTES DE CAMINHADA. Revista Projetar - Projeto e Percepção do Ambiente, [S. l.], v. 9, n. 3, p. 76–91, 2024. DOI: 10.21680/2448-296X.2024v9n3ID34445. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/revprojetar/article/view/34445. Acesso em: 11 out. 2024.