METRÓPOLE E ARQUITETURA
O edifício-passagem modernista no Recife, 1950-1965
DOI:
https://doi.org/10.21680/2448-296X.2025v10n2ID35916Palabras clave:
edifício-passagem uso misto, galeria, metrópole, arquitetura modernaResumen
O artigo aborda a materialidade arquitetônica da metrópole com foco nas galerias-passagens da cidade do Recife. A cidade, amplamente estudada pela expansão urbana e verticalização, é analisada aqui pela permeabilidade urbana, representada pelos edifícios-passagem. A partir dos anos 1950, observa-se a construção de diversos edifícios modernistas na área central do Recife cujas características incluem áreas edificadas e protegidas para o pedestre ao longo das vias públicas ou no interior do lote, fazendo surgir uma nova tipologia arquitetônica: o edifício-passagem. Esse tipo edilício aparece no tradicional bairro da Boa Vista, é exemplo da arquitetura modernista dos anos 1950 dotada de uso misto e galeria de passagem, e sua localização reproduz os locais preferenciais de instalação das clássicas passagens parisienses do século XIX, uma vez que se situam na área central da cidade dotada de habitação e comércio e ficam próximas a importantes equipamentos culturais como, no caso do Recife, o Teatro do Parque e o Cinema São Luís, este localizado no térreo do Edif. Duarte Coelho. Na verdade, assiste-se nesse período à consolidação de todo um ambiente urbano de características metropolitanas, com grandes avenidas e edifícios verticais modernistas, dentre esses os edifícios-passagem. Estes, através das suas galerias de lojas, além de propiciar uma ampliação da área de vitrine comercial do Bairro da Boa Vista, oferecem aos pedestres uma oportunidade de percursos alternativos aos grandes eixos urbanos, consolidando tanto um espaço de flânerie e deriva urbana quanto de abrigo à nova experiência de multidão e anonimato que bem fundam a metrópole moderna.
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