STEVEN HOLL E A ARQUITETURA FRACTAL
Uma análise da forma em Sarphatistraat
DOI:
https://doi.org/10.21680/2448-296X.2025v10n1ID36862Palavras-chave:
intenções em arquitetura, arquitetura fractal, forma arquitetônica, Steven Holl, SarphatistraatResumo
Tradicionalmente o projeto de arquitetura se fundamenta no conhecimento da “geometria euclidiana”, contudo, o advento da “geometria fractal” gerou discussões sobre sua projeção no desenvolvimento de projetos denominados internacionalmente como “arquitetura fractal”. Dessa maneira, o objetivo deste artigo é investigar a arquitetura fractal, considerando intenções projetuais de Steven Holl ao aplicar a geometria fractal no desenho de composição da forma arquitetônica do centro de convivência Sarphatistraat, obra desenvolvida no seu ateliê. Para isso, utiliza-se como referência as propriedades da geometria fractal, enfatizando-se a estruturação de uma estratégia de análise da forma arquitetônica no trabalho do arquiteto. A pesquisa envolveu o suporte de registro bibliográfico, com abrangência exploratória e descritiva, caracterizada por uma aproximação qualitativa do desenho a partir do material iconográfico da obra selecionada: texto, planta, corte, elevação, axonometria, perspectiva, diagrama ou modelo. Como resultado, registra-se que a geometria fractal atua como geradora de uma estrutura para formação de ponto, linha, plano, volume e abertura; por conseguinte, ocorre uma transformação que distorce a geometria fractal inspiradora indicada inicialmente pelo arquiteto. Contudo, permanece uma disposição ordenada entre as partes e o todo no desenho de composição da forma arquitetônica com base em atributos que envolvem o espaço arquitetônico. A obra analisada torna-se uma referência para elaborar propostas projetuais em arquitetura, assim como permite à pesquisa ser relacionada com outros projetos, contribuindo na formação de estudantes, arquitetos e pesquisadores em práticas projetuais no ateliê de arquitetura.
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