SIGNIFICADO AMBIENTAL E RESTAURAÇÃO DO ESTRESSE
moradores de residenciais terapêuticos e suas relações com o lugar
DOI:
https://doi.org/10.21680/2448-296X.2025v10n3ID38182Keywords:
Psicologia Ambiental, saúde mental, significado ambiental, ambiente restauradorAbstract
Estruturados como moradia e alicerce à vida em sociedade, os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) foram palcos desta pesquisa, que buscou caracterizar de que modo os aspectos físicos das residências terapêuticas são percebidos pelos moradores no que condiz à restauração do estresse e à atribuição de significado ambiental. O percurso metodológico incluiu a observação participante auxiliada pelo diário de campo foi utilizada junto da técnica fotografando ambientes. A Análise Temática norteou o processo que envolveu a participação de quatorze pessoas, resultando em três categorias de análise: bem-estar na casa, significados, bem-estar no entorno. Considera-se de grande valia a aplicabilidade da aplicação dos conceitos explorados aos SRTs a fim de facilitar o processo de desinstitucionalização psiquiátrica e inclusão comunitária.
Downloads
References
AMIN, H. M. T. M. The impact of heritage decline on urban social life. Journal of Environmental Psychology, v. 55, p. 34-47, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2017.12.002
BRAUN, V.; CLARKE, V. Using thematic analysis in psychology. Qualitative research in psychology, v. 3, n. 2, p. 77-101, 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1191/1478088706qp063oa
BRAUN, V.; CLARKE, V. Reflecting on reflexive thematic analysis. Qualitative research in sport, exercise and health, v. 11, n. 4, p. 589-597, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1080/2159676X.2019.1628806
CUNHA, N. F. A. ; FERRAZ, M. M. M.; FERNANDES, M. A.; CARVALHO, R. J.; CARVALHO, A. M. B.; VELOSO, L. U. O; Residências terapêuticas: a percepção de moradores acerca de autonomia, relacionamentos e contratualidade. Revista de Enfermagem da UFPI, v. 8, n. 4, p. 62-68, 2019. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1366863.
DIAS, P.; RAMADIER, T. Social trajectory and socio-spatial representation of urban space: The relation between social and cognitive structures. Journal of environmental psychology, v. 41, p. 135-144, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2014.12.002
FELIPPE, M. L. Ambiente fisico e linguaggio ambientale nel processo di rigenerazione affettiva dallo stress in camere di degenza pediatrica. Tese de doutorado em Tecnologia da Arquitetura. Università degli Studi di Ferrara, 2015.
FONTANELLA, B. J. B.; RICAS, J.; TURATO, E. R. Amostragem por saturação em pesquisas qualitativas em saúde: contribuições teóricas. Cadernos de saúde pública, v. 24, p. 17-27, 2008. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2008000100003
FRANCO, R. F.; STRALEN, C. J. Desinstitucionalização psiquiátrica: do confinamento ao habitar na cidade de Belo Horizonte. Psicologia & Sociedade, v. 27, n. 2, p. 312-321, 2015. https://doi.org/10.1590/1807-03102015v27n2p312
HAN, K-T. Disponível em: Landscape and urban planning, v. 64, n. 4, p. 209-232, 2003. Disponível em: https://doi.org/10.1016/S0169-2046(02)00241-4
HARTIG, T. Issues in restorative environments research: Matters of measurement. Psicología ambiental, 2011.
HARTIG, T.; STAATS, H. The need for psychological restoration as a determinant of environmental preferences. Journal of environmental psychology, v. 26, n. 3, p. 215-226, 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2006.07.007
HIGUCHI, M. I. G.; KUHNEN, A.. Percepção e representação ambiental: métodos e técnicas de investigação para a educação ambiental. In : PINHEIRO, J.; GÜNTHER, H. Métodos de pesquisa nos estudos pessoa-ambiente, São Paulo: Casa do Psicólogo, pgs. 181-216, 2008.
HIGUCHI, M. I. G.; KUHNEN, A.; BOMFIM, Z. Á. C. Cognição ambiental. In: CAVALCANTE, S.; ELALI, G. A.(Orgs.). Temas Básicos em Psicologia Ambiental, Petrópolis: Vozes, pgs. 105-121, 2011.
JENSEN, O. B. Flows of meaning, cultures of movements–urban mobility as meaningful everyday life practice. Mobilities, v. 4, n. 1, p. 139-158, 2009. Disponível em: https://doi.org/10.1080/17450100802658002
MAGALHÃES, M. R. O processo de desinstitucionalização da loucura em Pernambuco: Do hospital José Alberto Maia ao serviço de Residências Terapêuticas. 2016. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pernambuco.
MASSA, P. A.; MOREIRA, M. I. B. Vivências de cuidado em saúde de moradores de Serviços Residenciais Terapêuticos. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v. 23, p. e170950, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/interface.170950
MEDEIROS, D. A. A.; ABELHA, L.; FONSECA, D. L.; SARUÇÃO, K.; LOVIS, G. M. Avaliação das limitações do comportamento social dos moradores dos serviços residências terapêuticos de um pequeno município do estado do Rio de Janeiro. Cadernos Saúde Coletiva, v. 26, p. 278-284, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1414-462x201800030071
MEMARI, S.; PAZHOUHANFAR, M.h; NOURTAGHANI, A.. Relationship between perceived sensory dimensions and stress restoration in care settings. Urban Forestry & Urban Greening, v. 26, p. 104-113, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ufug.2017.06.003
NEMÉSIO, J. S.; RIBEIRO, M. A. T. Diálogo com a literatura sobre a desinstitucionalização e a implantação dos serviços residenciais terapêuticos. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 2, p. 9357-9373, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.34117/bjdv6n2-301
PROSHANSKY, H.; FABIAN, A.; KAMINOFF, R. Place identity: Physical World Socialisation of the Self. In: L. Groat (Ed.), Giving places meaning (Readings in Environmental Psychology), Academic Press,1995, pp. 87–113.
SILVEIRA, B. B.; KUHNEN, A. Psicologia ambiental e saúde na relação pessoa-ambiente: uma revisão sistemática. PSI UNISC, 3(1), 2019, pp. 89–105,. https://doi.org/10.17058/psiunisc.v3i1.12523
QUINN, T.; BOUSQUET, F.; GUERBOIS, C. Changing places: The role of sense of place in perceptions of social, environmental and overdevelopment risks. Global Environmental Change, v. 57, p. 101930, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.gloenvcha.2019.101930
RAPOPORT, A. The meaning of the built environment: A nonverbal communication approach. University of Arizona Press, 1990.
RIBEIRO NETO, P. M.; AVELLAR, L. Z. Conceptions about the interaction with residents of therapeutical residences. Psicologia & Sociedade, v. 28, p. 162-170, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1807-03102015v28n1p162
RIBEIRO NETO, P. M.; AVELLAR, L. Z.; TRISTÃO, K. G. Convivência social com moradores de residências terapêuticas. Psicologia & Sociedade, v. 29, p. e152335, 2017.
SCANNELL, L.; GIFFORD, R.. Defining place attachment: A tripartite organizing framework. Journal of Environmental Psychology, v. 30, n. 1, p. 1-10, 2010. https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2009.09.006
SILVA, A.; RIBEIRO, G.; SANTOS, L. L.; BURIOLA, A. A. Ser cuidador em serviço residencial terapêutico: fragilidades e potencialidades na prática assistencial. Journal of Nursing and Health, v. 9, n. 1, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.15210/jonah.v9i1.14692
SOUZA, M. R. Psicologia social e etnografia: histórico e possibilidades de contato. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 35, p. 389-405, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1982-370301742013
STAATS, H.; KIEVIET, A.; HARTIG, T. Where to recover from attentional fatigue: An expectancy-value analysis of environmental preference. Journal of Environmental Psychology, v. 23, n. 2, p. 147-157, 2003. Disponível em: https://doi.org/10.1016/S0272-4944(02)00112-3
STIGSDOTTER, U.; CORAZON, S. S.; SIDENIUS, U.; KRISTIANSEN, J.; GRAHN, P. It is not all bad for the grey city–A crossover study on physiological and psychological restoration in a forest and an urban environment. Health & place, v. 46, p. 145-154, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.healthplace.2017.05.007
TUAN, Y.-F. Espaço e lugar: A perspectiva da experiência. SciELO-EDUEL, 2013.
UJANG, N.; ZAKARIYA, K. The notion of place, place meaning and identity in urban regeneration. Procedia-social and behavioral sciences, v. 170, p. 709-717, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.sbspro.2015.01.073
ULRICH, R. S. Effects of gardens on health outcomes: Theory and research. In: MARCUS, C. C.; BARNES, M. (Ed.). Healing gardens: Therapeutic benefits and design recommendations. John Wiley & Sons, 1999.
VAN DONGEN, R. P.; TIMMERMANS, H. J. P. Preference for different urban greenscape designs: A choice experiment using virtual environments. Urban Forestry & Urban Greening, v. 44, p. 126435, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ufug.2019.126435
VIDAL, C. E. L.; BANDEIRA, M.; GONTIJO, E. D. Reforma psiquiátrica e serviços residenciais terapêuticos. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 57, p. 70-79, 2008. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0047-20852008000100013
WANG, R.; ZHAO, J.; MEITNER, M.; HU, Y.; XU, X. Characteristics of urban green spaces in relation to aesthetic preference and stress recovery. Urban Forestry & Urban Greening, v. 41, p. 6-13, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ufug.2019.03.005
YASUI, S. Rupturas e encontros: desafios da reforma psiquiátrica brasileira. Editora Fiocruz, 2010.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Bettieli BARBOZA DA SILVEIRA, Maíra Longhinotti FELIPPE , Ariane KUHNEN

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual segundo a qual é permitido o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir, separadamente, contratos adicionais para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) desde que concluído o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
- Não recomenda-se publicação e distribuição do artigo antes de sua publicação, pois isso poderá interferir na sua avaliação cega pelos pares.





