Diálogos entre Arquitetura e Fenomenologia: do Moderno ao Pós-Moderno
DOI:
https://doi.org/10.21680/2448-296X.2021v6n3ID23390Palabras clave:
arquitetura pós-moderna; fenomenologia arquitetônica; experiência corporal; relação corpo-espaço; percepção.Resumen
Longe de ser um campo fechado em si mesmo, a Arquitetura sempre procurou estabelecer pontes com outros campos disciplinares – notadamente, com a Filosofia. Entre as correntes de pensamento que fomentaram e que continuam a instigar o pensamento arquitetônico está a fenomenologia. Tal corrente filosófica, fundada por Edmund Husserl no início do século XX, teve um papel fundamental nas discussões sobre a experiência, a relação corpo-espaço em projetos de Arquitetura, contribuindo para a formação e o desenvolvimento do pensamento arquitetônico Pós-Moderno – uma questão ainda pouco estudada e fonte de debates. A fenomenologia representa uma alternativa crítica ao pensamento positivista, que, no campo arquitetônico, identifica-se, sobretudo, com o Movimento Moderno. É possível observar a influência da fenomenologia tanto nas questões de Teoria e História da Arquitetura, quanto nas discussões projetuais – em ambos, o problema do “empobrecimento” da experiência comparece de diversos modos. O presente artigo procura estabelecer diálogos entre o pensamento de três arquitetos e autores que têm a fenomenologia como base de suas discussões: o espanhol Jorge Otero-Pailos (1971-), o norueguês Christian Norberg-Schulz (1926-2000) e o finlandês Juhani Pallasmaa (1936-). Com a escolha destes autores, nota-se a persistência das discussões sobre a fenomenologia no interior do campo arquitetônico ao longo das décadas de 1970, 1990 e 2010, especialmente, nos contextos estadunidense e europeu. Além disso, observa-se que a fenomenologia arquitetônica não é um pensamento unívoco: ocorreram desenvolvimentos e modificações ao longo dos mais de 50 anos de discussões no meio acadêmico e no campo da prática profissional.
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