ARQUITETURA AURAL
do espaço visual ao espaço auditivo
DOI:
https://doi.org/10.21680/2448-296X.2023v8n2ID31295Palabras clave:
audição, Espaço, somResumen
Este artigo trata principalmente da arquitetura aural e suas implicações para o campo da arquitetura. Ao que se sabe, o som não é um componente primordial de estudo da arquitetura, a não ser quando se trata do projeto de conforto acústico ou de espaços próprios para o uso dos sons. A percepção sonora e a escuta talvez tenham sido ainda menos estudadas neste campo. Contudo, não se fruí os espaços somente por meio da visão, mas também pela audição, o nosso recorte de discussão. Assim, duas perguntas se fazem: O som também pode qualificar o espaço? E, pode a percepção sonora ser importante para a arquitetura? Argumenta-se que os espaços arquitetônicos podem ser qualificados para oferecer uma consciência espacial auditiva por seus projetistas e usuários, indo além do conforto acústico. Para isso, objetiva-se definir e analisar as características da arquitetura aural, discutir a centralidade da visão e da visualidade na cultura atual e a importância da percepção, da experiência e do som para a arquitetura. Trata-se de um texto de revisão da bibliografia especializada, e que considera o som como objeto de estudo, convocando diversas outras disciplinas e autores para o debate.
Descargas
Citas
BLESSER, Barry. Aural architecture. Tuned city conference proceedings. Berlim, 2008. Disponível em: http://www.blesser.net/downloads/TunedCity%20EN%20Blesser-Salter.pdf. Acesso em: 07 dez. 2022.
BLESSER, Barry; SALTER, Linda-Ruth. Aural architecture contributes to the experience of space and place. Amsterdã, 2010. 52 slides, color., 25 x 19 cm. Disponível em: https://view.officeapps.live.com/op/view.aspx?src=http%3A%2F%2Fwww.blesser.net%2Fdownloads%2FAmsterdam%2520Academy%2520Architecture.ppsx&wdOrigin=BROWSELINK. Acesso em: 01 dez. 2022.
____________. Aural architecture: the missing link. Disponível em: http://www.blesser.net/downloads/ASA% 20156%20Press%20Room%20Blesser.pdf. Acesso em: 01 dez. 2022.
____________. Aural spatiality: hearing events in space. 27 slides, color., 25 x 19 cm. Bruxelas, 2011. Disponível em: http://www.blesser.net/downloads/Belgium%20Auditive% 20Space.pdf. Acesso em: 01 dez. 2022.
____________. Spaces speak, are you listening? Experiencing aural architecture. Massachusetts, EUA: The MIT
Press, 2007.
____________. Spaces speak, are you listening? Experiencing aural architecture. Disponível em: http://www.blesser.net/spacesSpeak.html. Acesso em: 05 nov. 2022.
____________. The other half of the soundscape: Aural architecture. Disponível em: http://www.blesser.net/downloads/Blesser-Salter%20WFAE%20Mexico.pdf. Acesso em: 01 nov. 2022.
CAMPOS, Ricardo. Introdução à cultura visual: abordagens e metodologias em ciências sociais. Lisboa: Editora Mundos Sociais, 2013.
CASTRO, Raquel M. L. Contributos para uma análise da paisagem sonora: som, espaço e identidade acústica. 2016. 309f. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2016.
DE COENSEL, Bert; et al. The soundscape approach for early stage urban planning: A case study. Inter.noise 2010. Lisboa, 2010. Disponível em: https://www.academia.edu/20894404/The_soundscape_approach_for_ early_stage_urban_planning_a_case_study. Acesso em: 07 set. 2022.
DIAS, Ricardo F. Atmosferas: A experiência na obra de Peter Zumthor. 2018. 192f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura). Escola Superior Artística do Porto, Porto, 2018.
DIKOVITSKAYA, Margaret. Visual culture: the study of the visual after the cultural turn. Massachusetts: The MIT Press, 2005.
FERRARINI, Maria C. L. Apurar o olhar e interpretar informações visuais cotidianas. (Re)pensar as imagens nas práticas escolares. 2014. 135f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2014.
FONSECA, Nuno. Temporalidade e historicidade das paisagens sonoras: os seus sons e os seus silêncios. LESSA, Elisa; et. al. Ouvir e escrever paisagens sonoras: abordagens teóricas e (multi)disciplinares. Minho: Universidade do Minho, 2020.
FRACALOSSI, Igor. Questões de percepção: Fenomenologia da arquitetura / Steven Holl. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-18907/questoes-de-percepcao-fenomenologia-da-arquitetura-steven-holl?ad_source =search&ad_medium=projects_tab&ad_source=search&ad_medium=search_res ult_all. Acesso em: 07 set. 2022.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GILMURRAY, Jonathan. Ecoacoustics: ecology and environmentalism in contemporary music and sound art. Disponível em: https://www.academia.edu/2701185/ECOACOUSTICS_Ecology_and_Environmentalism_in_Contemporary_Music_ and_ Sound_Art. Acesso em: 11 out. 2022.
HERNÁNDEZ, Fernando. Catadores da cultura visual: transformando fragmentos em nova narrativa educacional. Porto Alegre: Mediação, 2007.
HOLL, Steven. Questions of perceptions: Phenomenology of architecture. Holl, Steven; et al. A+U special issue. Questions of perceptions: Phenomenology of architecture. Tokio: Architecture and Urbanism, 1994.
JAY, Martin. That visual turn. Journal of visual culture. v.1, p.87-92. Londres: Sage Publications, 2002. Disponível em: https://faculty.georgetown.edu/irvinem/theory/Jay-VisualTurn-JVC-2002.pdf. Acesso em: 08 dez. 2018.
KNAUSS, Paulo. O desafio de fazer história com imagens: arte e cultura visual. Artcultura. v.8, n.12, p.97-115. Uberlândia: UFU, 2006.
MACHADO, Ernani S.; et al. Paisagem cultural e paisagem sonora histórica: Dos sons do passado na identidade do patrimônio. 5º Colóquio Ibero-Americano: Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto. Minas Gerais, 2018. Disponível em: https://www.academia.edu/38825258/PAISAGEM_CULTURAL_E_PAISAGEM_SONORA_HIST%C3%93RICA_dos_sons_do_passado_na_identidade_do_patrim%C3%B4nio. Acesso em: 03 de out. 2022.
MATOSO, Marília. O que é o urbanismo sensorial?. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/984644/o-que-e-o-urbanismo-sensorial. Acesso em: 11 out. 2022.
MONTEIRO, Charles. Reflexões sobre história, fotografia e cultura visual. MONTEIRO, Charles (Org.). Fotografia, história e cultura visual: Pesquisas recentes. Série mundo contemporâneo 2. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012.
MONTEIRO, Rosana H. Cultura visual: definições, escopo, debates. Domínios da imagem. n.2, p.129-134. Londrina:
UEL, 2008.
PALLASMAA, Juhani. Os olhos da pele: A arquitetura e os sentidos. Porto Alegre: Bookman, 2011.
PIÑERO, María Virginia. Ocularcentrismo vs fenomenología de la percepción: la hegemonía de lo visual en la valoración perceptual del paisaje. BETTOLLI, Mariana; et al. VIII Jornadas de investigación y II Jornadas de investigación de becarios y doctorandos encuentro y reflexión - Investigación + transferencia + desarrollo. Cordoba: UNC, FAUD, 2020. Disponível em: https://rdu.unc.edu.ar/handle/11086/15634. Acesso em: 04 ago. 2022.
REYNER, Igor Reis. Pierre Schaeffer e sua teoria da escuta. Opus. v.17, n.2, p.77-106. Porto Alegre, ANPPOM, 2011. Disponível em: https://www.anppom.com.br/revista/index.php/opus/article/view/202. Acesso em: 05 ago. 2022.
SANTOS, Fátima C. Por uma escuta nômade: a música dos sons da rua. São Paulo: EDUC, 2002.
SCHAEFFER, Pierre. Tratado de los objetos musicales. Madrid: Alianza Editorial, 2003.
TRUAX, Barry. Acoustic Communication. 2ª ed. Westport: Ablex Publishing, 2001.
VIEIRA, Júlio C. S; et al. Paisagem sonora em Juiz de Fora: O som da cidade como resgate da cultura e da memória urbana. Principia – Caminhos da Iniciação Científica. Juiz de Fora, v.20, n.1, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/principia/article/view/31134/21621. Acesso em: 01 out. 2022.
VILAS-BOAS, Armando. O que é a cultura visual?. Porto: AVB, 2010.
ZUMTHOR, Peter. Atmosferas. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 2009.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Cleber Gazana, Fernando Guillermo Vázquez Ramos
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual segundo a qual é permitido o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir, separadamente, contratos adicionais para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) desde que concluído o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
- Não recomenda-se publicação e distribuição do artigo antes de sua publicação, pois isso poderá interferir na sua avaliação cega pelos pares.