“UMA SOPA DE FAVAS: USOS, RELEITURAS E APROPRIAÇÕES DA BISSARA ENQUANTO RECURSO PATRIMONIAL EM CHEFCHAOUEN (MARROCOS)”

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DOI:

https://doi.org/10.21680/2238-6009.2021v1n57ID27399

Resumo

Partindo da classificação da Dieta Mediterrânica pela UNESCO (2010, 2013), este texto procurará reflectir sobre a forma como a transformação – ou a requalificação – dos alimentos e das práticas gastronómicas em património, corresponde a um processo que tem lugar, tantas vezes, numa ressignificação desses mesmos alimentos e práticas gastronómicas que, em alguns lugares, passam por obliterar a sua história e os contextos sociais, económicos e históricos ligados ao seu consumo. Assim, este texto procurará reflectir sobre as tentativas feitas para encontrar práticas alimentares patrimonializáveis, espoletadas pela classificação da Dieta Mediterrânica enquanto património cultural imaterial da humanidade, que têm lugar em Chefchaouen (Marrocos) uma das cidades representativas desta candidatura junto da UNESCO. A partir do trabalho de campo etnográfico realizado em 2017 e 2018 em Chefchaouen, aqui procurarei olhar criticamente para os processos de ressignificação de uma confecção alimentar muito específica: uma sopa feita a partir de favas secas, e a forma como, no seu consumo e na sua promoção turística contemporâneas se inscrevem diversas leituras, estratégias e reivindicações.

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Publicado

02-12-2021

Como Citar

LUCAS, J. . “UMA SOPA DE FAVAS: USOS, RELEITURAS E APROPRIAÇÕES DA BISSARA ENQUANTO RECURSO PATRIMONIAL EM CHEFCHAOUEN (MARROCOS)”. Vivência: Revista de Antropologia, [S. l.], v. 1, n. 57, 2021. DOI: 10.21680/2238-6009.2021v1n57ID27399. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/27399. Acesso em: 11 maio. 2024.

Edição

Seção

Dossiê/Dossier