QUANDO A DESTERRITORIALIZAÇÃO VEM DO RIO: A POLUIÇÃO DO RIO GRAMAME NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE MITUAÇU, PB

Authors

DOI:

https://doi.org/10.21680/2238-6009.2019v1n53ID20599

Abstract

A Bacia do rio Gramame, estado da Paraíba, Brasil, é uma das principais fontes de abastecimento da Grande João Pessoa e também de onde muitos ribeirinhos e quilombolas tiram seu sustento. No entanto, modificações causadas por cargas de poluição no rio Gramame têm se tornado recorrentes e se somam ao cenário brasileiro de inquietante frequência de conflitos e eventos que têm na questão ambiental um importante componente. Essas contaminações, que ocorrem por ao menos quatro décadas no Gramame, possuem origem industrial, agrícola e urbana e causam mudanças nas características do rio. Um dos territórios afetados é a comunidade quilombola de Mituaçu, na área rural do município do Conde (PB). Com terras férteis e protegida por rios, especialmente o Gramame, esse rio é mencionado como tendo criado muitas famílias em Mituaçu: ele “protege” a comunidade dos avanços da cidade; é onde tomavam banho; onde aprenderam a nadar, pescar, andar de barco; muitos moradores lembram que outrora a pesca evitava a fome, ao suprir a comunidade com abundância de caranguejos, peixes e camarões. Diante desse quadro, este artigo procura analisar as ressignificações e adaptações deste território, diante (e apesar) do cenário associado em particular à poluição deste rio. Procuramos descrever, entre práticas criativas e memórias, a conformação de sistemas complexos de conhecimento tradicional que se reinventam tendo em vista as mudanças que experimentaram.

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Published

29-04-2020

How to Cite

PINHEIRO, P. dos S.; PAIXÃO, A. M. P. da . QUANDO A DESTERRITORIALIZAÇÃO VEM DO RIO: A POLUIÇÃO DO RIO GRAMAME NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE MITUAÇU, PB. Vivência: Revista de Antropologia, [S. l.], v. 1, n. 53, 2020. DOI: 10.21680/2238-6009.2019v1n53ID20599. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/20599. Acesso em: 21 nov. 2024.

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Dossiê/Dossier