PATRIMÔNIO E IDENTIDADE REGIONAL: TRADIÇÕES DOCEIRAS EM PERSPECTIVA

Autores

  • Egrimont Wagner Teixeira Neto Mestrando em Antropologia Social. Pesquisador do Grupo de Estudos em Consumo, Cultura e Alimentação da Universidade Federal de Goiás (GECCA-UFG) e do Centro de Ciência e Tecnologia em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional de Região Centro-Oeste (Centro SSAN) https://orcid.org/0000-0002-1975-3390
  • Filipe Augusto Couto Barbosa Doutor em Sociologia. Pesquisador do Grupo de Estudos em Consumo, Cultura e Alimentação da Universidade Federal de Goiás (GECCA-UFG) e do Centro de Ciência e Tecnologia em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional de Região Centro-Oeste (Centro SSAN) https://orcid.org/0000-0002-4578-8562
  • Janine Helfst Leicht Collaço Doutora em Ciências Sociais (Antropologia). Professora da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás. Coordenadora do Grupo de Estudos em Consumo, Cultura e Alimentação da Universidade Federal de Goiás (GECCA-UFG) e do Centro de Ciência e Tecnologia em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional de Região Centro-Oeste (Centro SSAN). https://orcid.org/0000-0001-7530-0348

DOI:

https://doi.org/10.21680/2238-6009.2021v1n57ID27404

Resumo

No presente artigo, buscamos compreender o “ofício de doceira” na Cidade de Goiás, a partir do processo de reconhecimento de produtos alimentares como patrimônio, em seus aspectos culturais e históricos, tendo que a importância das cozinhas típicas para a cultura local/regional dependerá de articulações políticas visando fortalecer a identidade cultural das comunidades que encarnam os saberes e práticas alimentares. Comparando o processo de registro da Região Doceira de Pelotas e Antiga Pelotas (RS) com o caso das tradições doceiras da Cidade de Goiás (GO), abordado aqui por meio de pesquisa documental e de entrevistas, respectivamente, buscamos trazer reflexões que sirvam a explorar os motivos pelos quais os saberes e práticas alimentares tradicionais no Estado de Goiás ainda não foram reconhecidos oficialmente como patrimônio cultural, conceito este quase ausente nos discursos sobre a identidade local/regional, inclusive entre as narrativas das nossas interlocutoras. A partir dessa abordagem, procuramos desenhar uma imagem de doceira menos romantizada, revelando os motivos reais que levaram essas mulheres a assumirem o ofício, muitas vezes relacionados à luta por sobrevivência ou para se manter a família. Constatamos também que as cozinhas locais se destacam como elementos importantes para o turismo, que se apropria dos patrimônios alimentares para criar mercadorias a partir dos produtos locais, e, não sem contradições, acaba também por proporcionar notoriedade e mais recursos financeiros às doceiras profissionais da Cidade da Goiás.

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Publicado

02-12-2021

Como Citar

TEIXEIRA NETO, E. W. .; BARBOSA, F. A. C.; COLLAÇO, J. H. L. . PATRIMÔNIO E IDENTIDADE REGIONAL: TRADIÇÕES DOCEIRAS EM PERSPECTIVA. Vivência: Revista de Antropologia, [S. l.], v. 1, n. 57, 2021. DOI: 10.21680/2238-6009.2021v1n57ID27404. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/27404. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê/Dossier