VIVENDO À FLOR DA PELE: A TATUAGEM COMO MARCA IDENTITÁRIA
DOI:
https://doi.org/10.21680/2238-6009.2021v1n58ID27615Resumen
Em todas as épocas e lugares do mundo, o ser humano usa o corpo como forma de linguagem. Enfeita-o para ser belo, diferente, mágico. Tradicionalmente, a sociedade também exerceu poder sobre o corpo do indivíduo, inscrevendo suas marcas de acordo com a cultura que ele pertencia, mas hoje as modificações corporais têm se tornado uma forma de expressão individual de arte do corpo e vêm ganhando, a cada dia, mais adeptos. O presente estudo tem o objetivo de compreender a atuação da tatuagem como marcadora identitária nas classes médias urbanas e contemporâneas brasileiras e as percepções dos tatuados sobre seus corpos, suas marcas, a dor, o preconceito e a profissionalização dos tatuadores. É um recorte de um esforço etnográfico em duas convenções de tatuagem; dois estúdios de tatuagem e na casa de uma tatuadora – todos em Porto Alegre, Rio Grande do Sul; de coletas de dados através de entrevistas presenciais, também na capital gaúcha, e via formulário online com respostas de participantes de outras cidades do Brasil.