CHAMADA PARA SUBMISSÃO DE ARTIGOS PARA O DOSSIÊ "MOBILIDADES E FRONTEIRAS: PERSPECTIVAS ANTROPOLÓGICAS DE GÊNERO, SEXUALIDADE E SUAS INTERSEÇÕES"

11-09-2019

Mobilidades e fronteiras:

Perspectivas antropológicas de gênero, sexualidade e suas interseções.

 

Camila EsguerraMuelle

Instituto Pensar – Pontificia Universidad Javeriana / Bogotá

 

Natália Corazza Padovani

Núcleo de Estudos de Gênero Pagu/UNICAMP / São Paulo

 

Angela Facundo Navia

DAN e PPGAS UFRN / Natal

 

Fontes acadêmicas e oriundas de agências supranacionaistêm apontado um impactante crescimento da mobilidade humana durante as últimas décadas. Tal situação, mesmo que inédita em termos de números absolutos, não é nova como dinâmica global, como sugerem as comparações lançadas pelo ACNUR sobre a crise pós Segunda Guerra Mundial. Dados aos quais poderíamos acrescentar muitos outros exemplos, inclusive nos remontando às diversas invasões coloniais e regimes de segregação modernos que deram origem aos Estados-Nacionais contemporâneos e instauraram ordens planetárias de desigualdade em relação ao direito à terra, à mobilidade e às condições de vida digna. Não obstante, podemos sugerir que a mobilidade contemporânea, sua relação com a fase mais atual do capitalismo e o aumento no caráter forçado de muitos dos processos migratórios, tem caraterísticas próprias que devem ser analisadas e pensadas em suas particularidades.

 

Também consideramos que as fronteiras dos Estados-Nacionais, tanto as externas quanto as internas, estão constantemente sendo construídas e informadas por dinâmicas locais e transnacionais, bem como pelas diversas categoriassociais da diferença, como classe, gênero, sexualidade, idade, raça, capacitismo, origem ou pertencimento étnico/religioso, entre outros. Indexadores que produzem sujeitos localizados de maneira diferente e assimétrica a partir de categorias de precariedade. Sujeitos cujas vidas têm menos possibilidade de existência digna tanto nos seus lugares de nascimento/origem ou de escolha, como nos locais para os que se deslocam, mas que ao mesmo tempo criam formas de resistência, representação e desobediência, ligadas à mudança cultural. Entendemos, contudo, que não apenas os corpos, as pessoas e as relações estão atravessados por essas categorias de diferenciação, senão que as práticas do Estado, as agências que as interveem, os programas que são planejados, os tipos de trabalho oferecidos e exercidos, os projetos de assentamento e reassentamento, os locais de encarceramento e segregação, os muros, os checkpoints e o complexo industrial fronteiriço também operam e são operados através dessas diversas ordens que lhe são constitutivas.

 

Desse modo, gostaríamos de receber contribuições de caráter antropológico, e de cunho preferencialmente etnográfico, que analisem a forma com que gênero, sexualidade e suas múltiplas intersecções, aparecem nas experiências concretas de migração, deslocamento ou mobilidade, sejam essas internas ou transnacionais. O dossiê preza, ainda, por trabalhos que levem em consideraçãoo caráter relacional por meio do qual interlocutores das pesquisas são construídos por essas categorias, mas também a forma em que tais atributos operaram diferencialmente nos processos de governo, administração e gerenciamento cotidiano de suas experiências migratórias ou nas respostas criativas e emancipadoras das pessoas. 

 

As/os autores/as devem submeter seus textos, seguindo normas do periódico, por meio do portal https://periodicos.ufrn.br/vivencia/index até o dia 09 de dezembro de 2019. 

 

Para mais informações, enviar mensagem para o e-mail: vivenciareant@yahoo.com.br indicando como assunto da mensagem o tema do dossiê: "Mobilidades e fronteiras: Perspectivas antropológicas de gênero, sexualidade e suas interseções". É indispensável que as/os autores que observem as normas da Vivência [em: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/about/submissions] antes de submeterem as suas propostas.

 

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Movilidades y fronteras:

Perspectivas antropológicas de género, sexualidad y sus intersecciones.

 

Camila Esguerra Muelle

Instituto Pensar – Pontificia Universidad Javeriana / Bogotá

 

Natália Corazza Padovani

Núcleo de Estudos de Gênero Pagu/UNICAMP / São Paulo

 

Angela Facundo Navia

DAN e PPGAS UFRN / Natal

 

Fuentes académicas y oriundas de agencias internacionales han señalado un impresionante crecimiento de la movilidad humana durante las últimas décadas. Tal situación, aunque inédita en cifras absolutas,no esnueva como dinámica en el mundo, tal como lo sugieren las comparaciones lanzadas por el ACNUR sobre la crisis post segunda Guerra Mundial. Comparaciones a las que podríamos sumar muchos otros ejemplos, inclusive remontándonos a las diversas invasiones coloniales y regímenes de segregación modernos que dieron origen a los Estados-Nacionales contemporáneos e instauraron órdenes planetarios de desigualdad en relación con el derecho a la tierra, a la movilidad y a las condiciones de vida digna. No obstante, podemos sugerir que la movilidad contemporánea, su relación con la fase más actual del capitalismo y el aumento del carácter forzado de muchos de los procesos migratorios, tiene características propias que deben ser analizadas y pensadas en sus particularidades.

 

También consideramos que las fronteras de los Estados-Nacionales, tanto las externas como las internas, están constantemente siendo construidas e informadas,en una dinámica al mismo tiempo local ytransnacional, por diversos marcadores sociales como la clase, el género, la sexualidad, la edad, la racialización, el capacitismo, el origen o la pertenencia étnica o religiosa, entre otros. Indexadores que producen sujetos localizadosde manera diferente y asimétrica a partir de categorías de precariedad. Sujetos cuyas vidas tienen menos posibilidad de existencia digna tanto en sus lugares de nacimiento/origen o de escogencia, como en los lugares a los que se desplazan, pero que al mismo tiempo crean formas de resistencia, representación y desobediencia ligadas al cambio cultural.Entendemos, empero, que no solamente los cuerpos, las personas y las relaciones están atravesados por estas categorías de diferenciación, sino que las propias prácticas de Estado, las agencias que las intervienen, los programas que son planeados, los tipos de trabajos ofrecidos y ejercidos, los proyectos de asentamiento y reasentamiento, los lugares de encarcelamiento y segregación, los muros, los puntos de control y el complejo industrial fronterizo operan y son operados a través de estos diversos órdenes que le son constitutivos.

 

De esta manera, nos gustaría recibir para este dossier contribuciones de carácter antropológico y de cuño preferiblemente etnográfico que analicen la forma en que el género y la sexualidad, tomado en cuenta sus múltiples intersecciones, aparecen en las experiencias concretas de migración, desplazamiento o movilidad, sean internas o transnacionales. Eso, teniendo en cuenta no solamente la forma en que las personas interlocutoras de la investigación son construidas por esas categorías, sino también la forma en que tales categorías operaron diferencialmente en el gobierno, administración y gerenciamiento cotidiano de sus experiencias migratorias o en las respuestas creativas y emancipadoras que ellas ofrecieron.

 

Las/os autoras/es deben enviar sus textos, siguiendo las normas de la revista, a través del portal: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/index hasta el 09 de deciembre de 2019.

 

Para más información enviar un mensaje a la dirección electrónica: vivenciareant@yahoo.com.br, indicando en el asunto del correo electrónico: “Movilidades y fronteras: Perspectivas antropológicas de género, sexualidad y sus intersecciones”. Pedimos a las/os autoras/es que antes del envío observen las normas de la revista en: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/about/submissions.