CARTOGRAFIAS DO SOMBRIO: SUBJETIVIDADE E ALTERIDADE NO UNIVERSO GÓTICO DE FORTALEZA
DOI :
https://doi.org/10.21680/2238-6009.2019v1n53ID20695Résumé
Neste artigo, apresento uma discussão sobre os eventos musicais que compõem os circuitos de lazer de jovens “afinados” com o gótico – uma cultura alternativa que se tornou popular na Inglaterra no final dos anos 1970 – na cidade de Fortaleza, estado do Ceará. A pesquisa teve como objetivo refletir sobre como esses jovens vivenciam uma experiência com o universo gótico em diferentes espaços e eventos apontando para o caráter híbrido, fluído e espontâneo dos encontros. Nesses eventos, os jovens se abrem a novas experiências subjetivas que lhes permitem dissolver identidades, inovar os códigos e se movimentar desordenadamente. Nas festas, intensificam-se os processos de desterritorialização (DELEUZE, 1977) através do encontro com a alteridade. De modo geral, este artigo refere-se aos fluxos descontínuos que constantemente reconfiguram as experimentações juvenis.