“A BANCA É O MEU PALCO!”: JOGADORES E DEALERS NUM CASINO EM PORTUGAL

Autores

  • João Gomes Doutorando em Antropologia Social e Cultural no Programa de Doutoramento do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e bolsista de pesquisa da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). https://orcid.org/0000-0002-3954-1977

DOI:

https://doi.org/10.21680/2238-6009.2020v1n56ID23687

Resumo

Nos casinos, tal como acontece na grande generalidade do sector dos serviços, produção e consumo decorrem em simultâneo e no mesmo espaço. O processo de trabalho deriva, como tal, do encontro de subjectividades entre trabalhadores e clientes. Este artigo, baseado numa investigação etnográfica, procura analisar o processo laboral dos pagadores de banca (dealers/croupiers) num dos principais casinos portugueses, particularmente, as dinâmicas relacionais e interactivas entres estes profissionais e os jogadores. Os pagadores de banca, apesar de estrutural e hierarquicamente subordinados, são agentes activos nestas micro-interacções. Desta forma, rejeitam a subordinação interactiva que, normalmente, acompanha a estrutural, empregando um conjunto de estratégias performativas que visam inverter, simbólica e temporariamente, as hierarquias sociais. Gerindo, selectivamente, as suas ofertas estéticas e emocionais, os pagadores de banca constituem-se como agentes não subordinados, controladores, autoritários e superiores. No entanto, ao criar a dignidade na subordinação, estas estratégias tendem a produzir “consentimento” e não emancipação.

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Publicado

24-12-2020

Como Citar

GOMES, J. . “A BANCA É O MEU PALCO!”: JOGADORES E DEALERS NUM CASINO EM PORTUGAL. Vivência: Revista de Antropologia, [S. l.], v. 1, n. 56, 2020. DOI: 10.21680/2238-6009.2020v1n56ID23687. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/23687. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Fluxo Contínuo/Continuous Flow