Determinantes do endividamento das companhias brasileiras de energia elétrica negociadas na B3

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/2176-9036.2023v15n2ID31355

Palavras-chave:

Companhias elétricas., estrutura de capital., abordagem pecking order., abordagem trade-off.

Resumo

Objetivo: Este estudo objetiva investigar os determinantes do endividamento das companhias brasileiras de energia elétrica listadas, considerando as teorias pecking order e trade-off.

Metodologia: Foram estudadas 24 empresas entre 2010 e 2020. Na amostra há o mesmo número de companhias de corte transversal em cada um dos onze anos. Os dados estão na forma de painel equilibrado, com 264 observações no total. A fonte dos dados foi a plataforma Economatica®. O método de regressão foi o dos mínimos quadrados ordinários, considerando os chamados efeitos fixos e os efeitos aleatórios.

Resultados: Os resultados mostraram que quanto maior a companhia elétrica maior o endividamento e quanto maiores os ativos tangíveis e a taxa de crescimento da companhia menor o endividamento. Prevaleceu, em geral, a teoria trade-off.

Contribuições do Estudo: Os achados empíricos mostraram que o setor elétrico brasileiro apresentou uma postura conservadora entre 2010 e 2020. É seguro dizer que não há indícios de apagão financeiro no setor em função do endividamento.  

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carlos Henrique Rocha, Universidade de Brasília - UnB

Ph.D. em Economia (Inglaterra). Professor Associado IV na Universidade de Brasília, Departamento de Administração.

Francisco Gildemir Ferreira da Silva, Universidade Federal do Ceará

Engenheiro Civil pela UFC. Mestre em Transportes pela Universidade de Brasília. Doutor em Economia pela Universidade Federal do Ceará. Professor do Departamento de Finanças da UFC.

Gustavo Mamede Dias Ferreira, Universidade de Brasília - UnB

Analista da KPMG. Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade de Brasília.

Referências

Alves, C., Castro, F.A.R., & Marques, J.A.V.C. (2007). O perfil do endividamento das empresas brasileiras distribuidoras de energia elétrica negociadas na bolsa de valores de São Paulo. Rio de Janeiro: Anais do Encontro GESEL.

Assaf, A.N., & Lima, F.G. (2014). Curso de administração financeira. São Paulo, SP: Atlas.

Baker, M., & Wurgler, J. (2002). Market timing and capital structure. Journal of Finance, 57(1), 1-32. DOI: 10.1111/1540-6261.00414

Bhaird, C., & Lucey, B. (2010). Determinants of capital structure in Irish SMEs. Small Business Economics, 35(3), 357–375.

Booth, L., Aivazian, V., Demirguc-Kunt, A., & Maksimovic, V. (2001). Capital structure in developing countries. Journal of Finance 56(1), 87-130.

Brealey, R.A., Myers, S.C., & Allen, F. (2018). Princípios de finanças corporativas. Porto Alegre, RS: Bookman.

Bressan. V.G.F., Lima, J.E., Bressan, A.A., & Braga, M.J. (2009). Análise dos determinantes do endividamento das empresas de capital aberto do agronegócio brasileiro. Revista de Economia e Sociologia Rural, 47(1), 89-122.

Brito, G.A.S., Corrar, L.J., & Batistella, F.D. (2007). Fatores determinantes da estrutura de capital das maiores empresas que atuam no Brasil. Revista Contabilidade & Finanças, 18(43), 9-19.

Cekrezi, A. (2015). Internal factors which influence capital structure choice of Albanian firms’, Research Journal of Finance and Accounting, 6(8), 168–175.

Copeland, T., Koller, T., & Murrin, J. (2002). Avaliação de empresas: valuation. São Paulo, SP: Pearson.

Couto, G., & Ferreira, S. (2010). Os determinantes da estrutura de capital de empresas do PSI 20. Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão, 9(1-2), 26-38.

Crisóstomo, V.L., & Pinheiro, B.G. (2015). Estrutura de capital e concentração de propriedade da empresa brasileira. Revista de Finanças Aplicadas, 4, 1-30.

Crisóstomo, V.L., Pinheiro, B.G., & Nakamura, W.T. (2020). Concentração de propriedade e emissão de ação: evidência da América Latina. Revista Brasileira de Finanças, 18(4), 33-76.

Czerwonka, L., & Jaworski, J. (2021). Capital structure determinants of small and medium-sized enterprises: evidence from Central and Eastern Europe. Journal of Small Business and Enterprise Development, 28(2), 277-297.

Damodaran, A. (2008). Avaliação de investimentos: ferramentas e técnicas para a determinação do valor de qualquer ativo. Rio de Janeiro, RJ: Qualitymar.

Eriotis, N., Vasiliou, D., & Ventoura-Neokosmid, Z. (2007). How firm characteristics affect capital structure: an empirical study. Managerial Finance, 33(5), 321-331.

Graham, J., & Harvey, C. (2001). The theory and practice of corporate finance: evidence from the field, Journal of Financial Economics, 60(3), 187-244.

Graham, J., & Harvey, C. (2002). How do CFOs make capital budgeting and capital structure decisions? Journal of Applied Corporate Finance, 15(1), 8-23.

Gujarati, D. (2006). Econometria básica. Rio de Janeiro, RJ: Campus.

Jensen, M.C., & Meckling, W.H. (1976). Theory of the firm: managerial behavior, agency costs and ownership structure. Journal of Financial Economics, 3(4), 305–360.

Jorge, S., & Armada, M.J.R. (2001). Fatores determinantes do endividamento: uma análise em painel. Revista de Administração Contemporânea, 5(2), 9-31.

Kaveski, I.D.S., Zittei, M.V.M., & Scarpin, J. E. (2014). Trade Off e Pecking Order: Uma análise das empresas de capital aberto da américa latina. São Paulo, SP: Anais do XIV Congresso USP Controladoria e Contabilidade.

Khan, T.F., & Ghayas, A. (2020). A study on the determinants of capital structure: evidence from India. Journal of Applied Finance, 26(3), 47-59.

Medeiros, O., & Daher, C. (2008). Testando teorias alternativas sobre a estrutura de capital nas empresas brasileiras. Revista de Administração Contemporânea, 12(1), 177-199

Modigliani, F., & Miller, M. H. (1958). The cost of capital, corporation finance and theory of investment. The American Economic Review, 48(3), 261-297.

Mugoša, A. (2015). The determinants of capital structure choice: Evidence from Western Europe. Business and Economic Horizons, 11(2), 76-95. DOI: 10.15208/beh.2015.07

Myers, S.C., & Majluf, N. S. (1984). Corporate financing and investments decisions when firms have information that investors do not have. Journal of Finance Economics, 13(2), 187-221.

Myers, S.C. (1984). The capital structure puzzle. Journal of Finance, 39 (3), 575-592.

Nakamura, W.T., Martin, D.M.L., Forte, D., Carvalho Filho, A.F., Costa, A.C.F., & Amaral, A.C. (2007). Determinantes de estrutura de capital no mercado brasileiro – análise de regressão com painel de dados no período 1999-2003. Revista Contabilidade & Finanças, 18(44), 72-85.

Oliveira, F. A., Botelho, A. S., Lamounier, W. M. & Bressan, V. G. F. (2021). Competitividade subsetorial e estrutura de capital das empresas brasileiras listadas na B3. Revista de Ciências da Administração, 23(61), 116-133. DOI: 10.5007/2175-8077.2021.e80799

Pindyck, R.S., & Rubinfeld, D.L. (2004). Econometria: modelos & previsões. São Paulo, SP: Elsevier.

Rajan, R. G., & Zingales, L. (1995). What do we know about capital structure? some evidence from international data. Journal of Finance 50(5), 1.421-1.460.

Serrasqueiro, Z. S., Armada, M. R., & Nunes, P. M. (2011). Pecking order theory versus trade-off theory: are service SMEs' capital structure decisions different? Service Business, 5(4), 381-409.

Shyam-Sunder, L., & Myers, S. (1999). Testing static tradeoff against pecking order models of capital structure. Journal of Financial Economics, 51(2), 219-244.

Wald, J. K. (1999). How firm characteristics affect capital structure: an international comparison. Journal of Finance Research, 22(2), 161-187.

Wellalage, N. H., & Locke, S. (2013). Capital structure and its determinants in New Zealand firms. Journal of Business Economics and Management, 14(5), 852–866.

Wooldridge, J. M. (2010). Introdução à econometria: uma abordagem moderna. São Paulo, SP: Cengage.

Downloads

Publicado

04-07-2023

Como Citar

ROCHA, C. H.; SILVA, F. G. F. da .; FERREIRA, G. M. D. Determinantes do endividamento das companhias brasileiras de energia elétrica negociadas na B3. REVISTA AMBIENTE CONTÁBIL - Universidade Federal do Rio Grande do Norte - ISSN 2176-9036, [S. l.], v. 15, n. 2, p. 61–76, 2023. DOI: 10.21680/2176-9036.2023v15n2ID31355. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/ambiente/article/view/31355. Acesso em: 24 dez. 2024.

Edição

Seção

Seção 1: Contabilidade Aplicada ao Setor Empresarial (S1)