Algumas reflexões sobre aplicação do conceito de essência sobre a forma em operações de leasing na arrendatária e arrendadora antes e após o IFRS 16

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/2176-9036.2025v17n1ID35404

Palavras-chave:

Leasing; IFRS 16, Essência sobre a forma

Resumo

Objetivo: O presente ensaio teórico tem como objetivo avaliar os impactos das alterações normativas antes e após a vigência do IFRS 16 com ênfase na abordagem relacionada à “essência sobre a forma”.

Metodologia: O desenvolvimento do estudo foi utilizado o método qualitativo, por meio de uma pesquisa bibliográfica e documental, onde foram levantados artigos científicos atuais, livros, as normas e procedimentos contábeis referentes ao tema emitidos por organismos nacionais e internacionais, que subsidiaram um estudo comparativo sobre as mudanças realizadas na atualização normativa sobre a contabilização das operações de arrendamento mercantil.

Resultados: Os resultados obtidos apresentam pontos importantes para a discussão, como os principais impactos causados pela IFRS 16, os requisitos para formalização do contrato de leasing entre as partes e o fato de que a norma altera radicalmente o conceito de essência sobre a forma no leasing.

Contribuições do Estudo: Concluiu-se que, apesar da IFRS 16 ter contribuído para melhoria na qualidade da informação apresentada por parte dos arrendatários, em alguns casos as informações não representam com fidedignidade a situação do contrato, por conta da possibilidade de dupla contabilização do ativo, bem como da adoção diferenciada do conceito de essência sobre a forma na arrendatária e na arrendadora.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jorge Katsumi Niyama, Universidade de Brasília - UnB

Possui graduação em Ciências Contábeis pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (1974), mestrado em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo (1982) e doutorado em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo (1990) e pós-doutorado pela University of Otago (2005). Em 2014, iniciou seu segundo pós-doutorado nas Universidade de Coimbra e no Instituto Universitário de Lisboa/ISCTE em (Portugal tendo concluído em 2015. Atualmente é professor titular da Universidade de Brasília, lecionando em cursos de graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado). Fez parte da Diretoria Executiva da ANPCONT - Associação Nacional de Programas de Pós Graduação em Ciências Contábeis por 4 mandatos (2007-2013). Editor-Chefe do periódico CONTABILIDADE, GESTÃO E GOVERNANÇA, (2011-2014). É consultor ad hoc da CAPES e do CNPq, revisor de periódicos nacionais e internacionais. Atuou como consultor ad hoc do MEC e na Comissão de Especialistas de Ensino do Exame Nacional de Cursos e do ENADE NACIONAL. Autor e co-autor dos livros TEORIA DA CONTABILIDADE, TEORIA AVANÇADA DA CONTABILIDADE, CONTABILIDADE INTERNACIONAL, CONTABILIDADE DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, dentre outros. Tem experiência na área de Ciências Contábeis. Atua principalmente nos seguintes temas: evidenciação contábil, Contabilidade Internacional, Contabilidade de Instituições Financeiras e Teoria da Contabilidade. 

Paulo César de Melo Mendes, Universidade de Brasília - UnB

Doutor e Mestre em Ciências Contábeis pela UnB, através do Programa Multiinstitucional e Inter-regional de Pós Graduação UFPB, UFRN, UnB. Professor Adjunto do Departamento de Contabilidade da UnB, ministrando a cadeira de Contabilidade Fiscal. Especialização em Auditoria Interna e Externa. Coautor de três capítulos do livro: Contabilidade para Concurso e Exame de Suficiência e coautor de um capítulo do livro Teoria Avançada da Contabilidade. Ambos publicados pela Editora Atlas. Publicou alguns artigos em periódicos Acadêmicos e especializados e com trabalhos publicados em Congressos. Orientador e pesquisador na área de Tributos, Auditoria, Normas Internacionais e Perícia Contábil. Atua como Auditor Independente, Consultor Financeiro e Perito Contábil.

Referências

Beattie, V., Edwards, K., & Goodacre, A. (1998). The impact of constructive operating lease capitalisation on key accounting ratios. Accounting and Business Research, 28(4), 233-254.. DOI:10.1080/00014788.1998.9728913

Beuren, I. M. I. (2013). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade. Editora Atlas SA.

Brasil. Lei n. 6.099, de 12 de setembro de 1974. Dispõe sobre o tratamento tributário das operações de arrendamento mercantil e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6099.htm>. Acesso em: 11 de novembro de 2019.

Brasil. Lei n. 7.132, de 26 de outubro de 1983. Dispõe sobre o tratamento tributário das operações de arrendamento mercantil e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7132.htm>. Acesso em: 11 de novembro de 2019.

Chimisso, S. H. (2004). Leasing e arrendamento mercantil: Alternativa de financiamento de longo prazo para empresas brasileiras. Revista de Administração, 3(5), 77-96.. Disponível em: <http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistadeadm/article/view/784>. Acesso em: 11 de novembro de 2019.

Comitê De Pronunciamentos Contábeis (CPC). Pronunciamento Técnico CPC 06 (R2) – Operações de Arrendamento Mercantil, 2017. Disponível em: < http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/533_CPC_06_(R2).pdf>. Acesso em: 11 de novembro de 2019.

Duke, J. C., Hsieh, S. J., & Su, Y. (2009). Operating and synthetic leases: Exploiting financial benefits in the post-Enron era. Advances in Accounting, 25(1), 28-39., v.25, p.28-39, 2009 DOI:10.1016/j.adiac.2009.03.001

Ernst & Young. IFRS 16: A nova norma sobre arrendamento mercantil. Disponível em: <https://www.ey.com/Publication/vwLUAssets/IFRS-16/$File/Folder-IFRS16.PDF>. Acesso em: 11 de novembro de 2019.

FASB, Financial Accounting Standards Board. Statement of Financial Accounting nº 13. Accounting for Leases. Stamford, 1976.

de Iudícibus, S. (2010). Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades, de acordo com as normas internacionais e do CPC. Ed. Atlas..

Gelbcke, E. R., Santos, A., Iudícibus, S., & Martins, E. Manual de contabilidade societária: Aplicável a todas as sociedades de acordo com as Normas Internacionais e do CPC. (3ª ed.). São Paulo: Atlas, 2018.

Gomes, A.L.O. ( 2019) , “ IFRS 16: Evolução da contabilidade do arrendamento mercantil”, (trabalho/ slides não publicados).

Imhoff Jr, E. A., & Thomas, J. K. (1988). Economic consequences of accounting standards: The lease disclosure rule change. Journal of Accounting and Economics, 10(4), 277-310, 1988. https://doi.org/10.1016/0165-4101(88)90006-7

Imhoff Jr, E. A., Lipe, R. C., & Wright, D. W. (1991). Operating leases: Impact of constructive capitalization. Accounting Horizons, 5(1), 51..

International Accounting Standards Board (IASB). IFRS – Who we are. Disponível em: <https://www.ifrs.org/about-us/who-we-are/>. Acesso em: 11 de novembro de 2019.

International Financial Reporting Standards (IFRS) (2016). Norma Internacional de Relatório Financeiro IFRS 16: Arrendamentos. Disponível em: <http://eifrs.ifrs.org/eifrs/bnstandards/pt-br/2018/ifrs16.pdf>. Acesso em: 11 de novembro de 2019.

Kauark, F. S.; Manhães, F. C.; Medeiros, C. H.. Metodologia da pesquisa: um guia prático. 2010. Disponível em: <http://197.249.65.74:8080/biblioteca/bitstream/123456789/713/1/Metodologia%20da%20Pesquisa.pdf>. Acesso em: 11 de setembro de 2019.

Kilpatrick, B. G.; Wilburn, N. L. Off balance sheet financing & operating capitalization, Accounting Horizons, v. 5, p. 51-63, 1991.

Matos, E. B. S.; Murcia, F. D. Contabilidade e arrendamento mercantil/leasing: Revisão de literatura nacional e internacional (2000-2018), Revista de Pesquisa e Educação, v.13, n.1, p. 68-88, Janeiro/Março 2019. DOI: https://doi.org/10.17524/repec.v13i1.1999

Matos, N. B.; Niyama, J. K.. IFRS 16-Leases: desafios, perspectivas e implicações à luz da essência sobre a forma. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade (REPeC), v. 12, n. 3, 2018. Disponível em: <http://repec.org.br/repec/article/view/1858>. Acesso em: 11 de novembro de 2019. DOI: https://doi.org/10.17524/repec.v12i3.1858

Niyama, J. K.; Silva, C. A. T. Teoria da Contabilidade. (3ª. Ed.). São Paulo: Atlas, 2013.

Nobes, C. W., & Parker, R. H. (1991). ‘True and Fair’: a survey of UK financial directors. Journal of Business Finance & Accounting, 18(3), 359-375.

https://doi.org/10.1111/j.1468-5957.1991.tb00600.x

Downloads

Publicado

02-01-2025

Como Citar

NIYAMA, J. K.; MENDES, P. C. de M. Algumas reflexões sobre aplicação do conceito de essência sobre a forma em operações de leasing na arrendatária e arrendadora antes e após o IFRS 16. REVISTA AMBIENTE CONTÁBIL - Universidade Federal do Rio Grande do Norte - ISSN 2176-9036, [S. l.], v. 17, n. 1, p. 203–216, 2025. DOI: 10.21680/2176-9036.2025v17n1ID35404. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/ambiente/article/view/35404. Acesso em: 7 jan. 2025.

Edição

Seção

Seção 1: Contabilidade Aplicada ao Setor Empresarial (S1)