DETERMINANTES DA ESTRUTURA DE CAPITAL DE EMPRESAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO EM PERÍODO DE CRISE
DOI:
https://doi.org/10.21680/2176-9036.2018v10n2ID13843Palavras-chave:
Estrutura de capital. Mercado Financeiro. Endividamento.Resumo
O presente estudo tem por objetivo verificar empiricamente os fatores determinantes da estrutura de capital de empresas brasileiras de capital aberto, com ações negociadas na BM&FBosvepa, no período 2010-2017. Os fatores considerados na análise são aqueles propostos nas principais teorias sobre estrutura de capital: rentabilidade, risco, tamanho, tangibilidade e oportunidades de crescimento. Subsidiariamente a estes fatores, incluiu-se um conjunto de dummies setoriais com o intuito de evidenciar eventual característica específica de dado setor. Para a análise empregou-se o método estatístico de dados em painel e modelos com efeitos fixos e com efeitos variáveis. A amostra foi composta por 186 empresas, dividias em 19 setores econômicos. Os testes estatísticos evidenciaram a não significância dos setores ao apontar pela estimação de um modelo com efeitos fixos. Os resultados indicam que rentabilidade, risco e oportunidades de crescimento induzem menor endividamento, que o tamanho de empresa induz maior endividamento e que a tangibilidade não teve influência sobre o nível de endividamento das empresas da amostra no período estudado. Em que pese apresentarem justificativas teóricas, os resultados obtidos, em conjunto, não permitem confirmar um teoria específica acerca da estrutura de capital de empresas de capital aberto.
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