A COVID-19 E VOCÊ: A Sociedade olha-me como Ser ou Não Ser?

Autores

Palavras-chave:

Desigualdade social; Pandemia; Organizações da Sociedade Civil.

Resumo

A conjuntura e as necessidades nas comunidades carentes, principalmente desprovidas de apoio social, constitui um tema relevante em tempo de pandemia, em diversas disciplinas, focando na administração e gestão pública em torno de ONG’s e Organizações da Sociedade Civil. Este caso de ensino tem o objetivo de promover reflexões acerca: (i) papel das organizações da sociedade civil em situação de pandemia ou graves problemas socias; (ii) identificar as ações necessárias para minimizar situações de calamidade ou de emergência; (iii) contribuir para a formação de líderes no enfrentamento deste tipo de situação; (iv) discutir os dilemas que líderes e voluntários enfrentam em situações de pandemia. Essa situação é verídica e retrata através de entrevista com pessoas das comunidades onde atuam tais organizações, tendo a confirmação da mídia jornalística sobre algumas medidas feitas por ações coletivas para reduzir o impacto da doença.Como resultado do trabalho, e sem o apoio do governo nessas medidas emergenciais, as lideranças de projetos sociais e associações estão fazendo um trabalho de divulgação nas redes sociais, informando locais que estão recebendo produtos e ainda pedágio de arrecadação de cestas básicas e dos materiais usados para proteção da doença para tentar suprir a demanda das comunidades.O estudo constituiu uma visão acerca dos dilemas enfrentados pelas Organizações da Sociedade Civil e os Órgãos Governamentais acerca da vulnerabilidade social das comunidades carentes, onde se busca garantir direitos mínimos aos usuários para sobrevivência que é a alimentação básica, sua higienização física e o direito de ser ouvido. O caso de ensino aqui apresentado trabalha com finalidade de ver as questões sociais da gestão pública em apoio aos mais necessitados, de modo paralelo, tecer sobre a necessidade agrava diante da pandemia, onde precisa-se manter o isolamento para reduzir a transmissão comunitária, mas com o fechamento inicial das OSC´s, as lideranças que estão no dia-a-dia não pararam de atuar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luiz Fernando Nieuwenhoff Schefer, UFSC/Doutorando em Administração

Doutorando em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina. Mestre em Administração pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2014), possui graduação em Administração Pública pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2010) e graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (2006). 

Ruan Carlos dos Santos, Centro Universitário UNIAVAN/Professor

Bacharel em Filosofia pela Universidade do Sul de Santa Catarina (2006). Licenciatura Plena em Filosofia e Ciências Sociais pela Faculdade Integrada Cruzeiro (2018). Bacharelando em Teologia pela Faculdade Católica de Santa Catarina Católica - FACASC/ITESC (2007-2008). Especialização e MBA em Gestão Estratégica Empresarial pela Faculdade Porto das Águas - FAPAG (2012). Especialização em Metodologia de ensino de Filosofia e Sociologia pela Faculdade de Administração, Ciências, Educação e Letras - FACEL (2018). Mestrado em Administração - UNIVALI (2015-2017). Licenciando em Pedagogia pelo Centro Universitário ETEP. Bacharel em Administração pela Universidade Cidade Verde pela Universidade Cidade Verde - UniFCV (2019-2021). Professor e Tutor na UniAvan no Curso de Tecnologia e Bacharelado em Administração e Contabilidade. Consultor/docente credenciado na ENA (Ecole Nationale D'Administration - Brasil). Membro do Grupo de Pesquisa em Finanças, Inovação, Controle, Empreendedorismo e Sustentabilidade (GFICES) pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB. 

Monica Cristina Rovaris Machado, Universidade Federal de Sergipe/Professora Adjunta

Possui graduação em Administração de Empresas pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, ano de 1992/1, e mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2000), participante do Programa de Mobilidade Acadêmica através do módulo internacional "Estudios Contemporaneos en Gestión" com foco em Inovação, Sustentabilidade e Responsabilidade Social na Universitat Politècnica de València/Espanha. Doutora no programa de Administração e Turismo na Universidade do Vale do Itajaí, PPGA/Univali na linha de pesquisa Empreendedorismo/Empreendedorismo Social, com doutorado sanduiche na Universidade de Alicante, Espanha, tendo realizado pesquisa de campo na Espanha e no Brasil. Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal de Sergipe, com experiência na área de Administração, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão, serviços, pessoas, atendimento, indicadores e mais recentemente empreendedorismo social, bem como as áreas correlatas.

Referências

ALBERTON, A.; SILVA, A. B. da. Como Escrever um Bom Caso para Ensino? Reflexões sobre o Método. Revista de Administração Contemporânea, 22 (5), 745-761, 2018.

ANDION, C. A Gestão no Campo da Economia Solidária: Particularidades e Desafios. AC, v. 9, n. 1, 79-101, 2005.

APPE, S. NGO networks, the diffusion and adaptation of NGO managerialism, and NGO legitimacy in Latin America. Voluntas, (published online 13 May 2015, to be printed), 2015.

ARCIONI, W.; MESQUITA, J. (2010). A Responsabilidade Social nas Organizações: Percepções e Realidade. Revista Gestão & Tecnologia, 7(2). doi:https://doi.org/10.20397/2177-6652/2007.v7i2.196

BISH, A.; BECKER, K. (2016). Exploring expectations of nonprofit management capabilities. Nonprofit and Voluntary Sector Quarterly, 45(3), 437-457.

BLANCO, D. V. Disaster governance in the Philippines: Issues, lessons learned, and future directions in the post-Yolanda super typhoon aftermath. International Journal of Public Administration, 38(10), 743-756, 2015.

BRASIL ESCOLA. Pandemia. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/pandemia.htm. Acesso em: 27 de julho de 2020.

BRASIL. (2020). Governo reconhece estado de calamidade pública e de situação de emergência em seis estados. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/assistencia-social. Acesso em: 27 de julho de 2020.

BRASIL. Código Civil Brasileiro. Recuperado em 16 de junho, 2016, de http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/2002/L10406compilada.htm. Acesso em: 27 de julho de 2020.

BRASIL. Lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406compilada.htm. Acesso em: 27 de julho de 2020.

BRASIL. Lei 13.019 de 31 de Julho de 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13019.htm. Acesso em: 01 de julho de 2020.

CALDANA, A. C. F. et al. Sentido das ações voluntárias: Desafios e limites para organização do trabalho. Psicologia & Sociedade, Recife, v. 24, n. 1, p. 170-177, 2012.

CAVALCANTE, C. E. Motivação no trabalho voluntário: expectativas e motivos na Pastoral da Criança. 2012. Tese (Doutorado em Políticas e Gestão Públicas; Gestão Organizacional) –Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2012.

CORDEIRO, R.M. (2013). Por uma nova arquitetura de apoio à sociedade civil brasileira: desafios e oportunidades reais para um processo em construção. In: MENDONÇA, P.M.E.; ALVES, M.A.; NOGUEIRA, F.do A. (orgs.) Arquitetura Institucional de Apoio às OSCs no Brasil. São Paulo: FGV.

DI NAPOLI, R. B. (2014). Dilemas Morais. In: Torres, J. C. B. (Org.). Manual de ética: Questões de ética teórica e aplicada. Petrópolis: Vozes.

DITTERICH, R. G.; MOYSÉS, S. T.; MOYSÉS, S. J. O uso de contratos de gestão e incentivos profissionais no setor público de saúde. Cadernos de Saúde Pública, 28(4), 615-625, 2012.

FREITAS, D. X. Marco regulatório do terceiro setor: a lei 13.019/14 – destaques e conclusões do novo regulamento. JusBrasil. Setembro, 2014.

FREIWIRTH, J. Community-Engagement Governance: Systemas-Wide Governance in Action. The Nonprofit Quarterly, V. 19, N. 4, p. 64-73, 2012.

IBGC. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. As fundações privadas e associações sem fins lucrativos no Brasil – 2016 (FASFIL). Rio de Janeiro, IBGE, 2019.

IBGC. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Guia das Melhores Práticas de Governança para Fundações e Institutos Empresariais. São Paulo, 2009.

KABAD, J. F. A experiência do trabalho voluntário e colaborativo em saúde mental psicossocial na Covid-19. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 36, n. 9, Sep 2020.

KIDDER, R. M. Como tomar decisões difíceis: muitas vezes na vida você precisa escolher entre o certo e o certo. Tradução de Sonia Augusto. São Paulo: Gente, 2007.

KISSLER, L.; HEIDEMANN, F. G. Governança pública: novo modelo regulatório para as relações entre Estado, mercado e sociedade? Revista da Administração Pública, v. 40, n. 3, 2006.

Marcondes, M. M.; Sandim, T. L.; Diniz, A. P. R. Transversalidade e Intersetorialidade: mapeamento do debate conceitual no cenário brasileiro. Administração Pública e Gestão Social, 10(1), 1-73, 2018.

MEYER, M.; BUBER, R.; AGHAMANOUKJAN; A. In search of legitimacy: managerialism and legitimation in civil society organizations. Voluntas, 24(1), March. 167-193, 2013.

MOREIRA, J. N.; TEODÓSIO, A. S. S.; AYRES, L. C. Participação das Organizações da Sociedade Civil nas Políticas Públicas Locais: a experiência do Movimento Nossa BH. Perspectivas em Políticas Públicas, 12(24), 109-142, 2020.

PALLAS, C.L.; GETHINGS, D.; HARRIS, M. Do the right thing: the impact of legitimacy standards on stakeholder input. Voluntas, 26(4), 1261-1287, 2015.

PANNUNZIO, E. Pautas para o aperfeiçoamento do fomento público às OSCs no Brasil. In: MENDONÇA, P.M.E., ALVES, M.A., & NOGUEIRA, F. do A. (orgs.) Arquitetura Institucional de Apoio às OSCs no Brasil. São Paulo: FGV, 2013.

PAULA SILVA, A. L. Governança Institucional: um estudo do papel e da operação dos conselhos das organizações da sociedade civil no contexto brasileiro. Dissertação de mestrado - FEA/USP, São Paulo, Brasil, 2001.

PENNER, L. A. Dispositional and organizational influences of sustained volunteerism: An interactionist perspective. Journal of Social Issues, Medfort, v. 58, p. 447-467, 2002.

ROBERTS, N. Public deliberation in an age of direct citizen participation. The American Review of Public Administration, 34 (4), p. 315-53, 2004.

SALAMON, L.; ANHEIER, H. (1992). America's nonprofit sector – a primer. Foundation Center: Nova Iorque.

SALM, J. F. Coprodução de bens e serviços públicos. In: BOULLOSA, R. F. (org.). Dicionário para a formação em gestão social. Salvador: CIAGS/UFBA, 2014.

SANTOS, L. S. A Ética da gestão pública à luz da abordagem da racionalidade: os dilemas morais vivenciados na gestão de riscos e desastres em Santa Catarina. Tese (Doutorado em Administração) – Programa de Pós-Graduação em Administração, Centro Socioeconômico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil, 2019.

SCHAEFER, C.; VOORS, T. Desenvolvimento de Iniciativas Sociais: da visão inspiradora à ação transformadora. São Paulo: Antroposófica, 2000.

SCHOMMER, P. C.; GROH, V.; SCHEFER, LUIZ F. N. Governança em Organizações da Sociedade Civil: Aprendizagem e Inovação na Rede Instituto Padre Vilson Groh. Revista NAU Social - v. 09, n.16, p. 107 – 128, 2018.

SCHOMMER, P.C. Relações Estado-sociedade no Brasil: arquitetura institucional, accountability e coprodução. In: Mendonça, P.M.E.; Alves, M.A.; Nogueira, F.do A. (orgs.) Arquitetura Institucional de Apoio às OSCs no Brasil. São Paulo: FGV, 2013.

SOEIRO, M. P. Gestão motivacional do serviço voluntário. [S.l.: s.n.], 2019. Disponível em: https://pt.slideshare.net/soeiroma/motivacaovoluntarios. Acesso em: 21 abr. 2020.

Downloads

Publicado

08-09-2022

Como Citar

SCHEFER, L. F. N. .; SANTOS, R. C. dos; MACHADO, M. C. R. . A COVID-19 E VOCÊ: A Sociedade olha-me como Ser ou Não Ser?. Revista de Casos e Consultoria, [S. l.], v. 13, n. 1, p. e27860, 2022. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/casoseconsultoria/article/view/27860. Acesso em: 4 maio. 2024.

Edição

Seção

Casos, Objetos Educacionais e Relatos de Experiência