Fazendo renda em casa e ‘no curso’:

aprendizagem na prática

Autores

  • Júlia Dias Escobar Brussi Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-5674.2019v6n10ID15334

Palavras-chave:

Antropologia da aprendizagem; técnica; renda de bilros; engajamento; prática

Resumo

O presente artigo busca apresentar o processo de aprendizagem da renda de bilro por meio de observações realizadas tanto no ambiente doméstico, como no curso de renda. Tem como objetivo principal destacar que os principais elementos desse processo são os mesmos. Independente do contexto a aprendizagem se dá na prática e importam aspectos como o engajamento ativo do aprendiz, sua vontade e empenho, além das repetições e observações atentas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Júlia Dias Escobar Brussi, Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA

Júlia Brussi é atualmente professora adjunta do Programa de Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Doutora em Antropologia pela Universidade de Brasília, realizou pesquisa com rendeiras de bilro no Ceará. Seus principais temas de pesquisa e interesse são: antropologia da técnica, artesanato, saberes tradicionais, design, inovação e patrimônio.

Referências

BENJAMIN, Walter. Brinquedo e brincadeira: observações sobre uma obra monumental. In: Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. 6ª edição. São Paulo: Brasiliense, 1994, (Obras Escolhidas, 1). Pp. 267-271.

BRIL, Blandine. L’apprentissage de gestes techniques: ordre de contraintes et variations culturelles. In: ROUX, Valentine; BRIL, Blandine (Ed.). Le geste technique: réflexions méthodologiques et anthropologiques. Ramonville Saint-Agne: Editions Erès, 2002. p. 113–150.

BRUSSI, Júlia Dias Escobar. Da "renda roubada" à renda exportada: a produção e a comercilização da renda de bilros em dois contextos cearenses. 2009. 145f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Departamento de Antropologia, Universidade de Brasília, Brasília – DF, 2009.

BRUSSI, Júlia Dias Escobar. Batendo bilros: rendeiras e rendas em Canaan (Trairi - CE). 2015. 223f. Tese (Doutorado) — Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Departamento de Antropologia, Universidade de Brasília, Brasília – DF, 2015.

CHAMOUX, Marie-Noëlle. Les Savoir-faire techniques et leur appropriation : le cas des Nahuas du Mexique. L’Homme, Paris, v. 21, n. 3, p. 71–94, 1981. ISSN 0439-4216. Disponível em: https://www.persee.fr/doc/hom_0439-4216_1981_num_21_3_368206 . Acesso em: 10 set 2015.

____________. La transmission des savoir-faire: un objet pour l’ethnologie des techniques? Techniques & Culture, Paris ,v. 1, n. 54-55, p. 139–161, 2010.

DANTAS, Beatriz Góis. “Tu me ensina a fazer renda": gerações e processos de aprendizagem de ofícios tradicionais. Revista do Patrimônio Histórico e Artistico Nacional, Brasília, vol. 32, p. 225–243, 2005.

DELBOS, Geneviève; JORION, Paul. La transmission des savoirs. Paris: Maison des Sciences de l’Homme, 1984.

GIBSON, James. The ecological approach to visual perception. Hillsdale: Lawrence Erlbaum Associates, 1986.

HANKS, William F. Foreword. In: LAVE, Jean; WENGER, Etienne. Situated learning: legitimate peripheral participation. Cambridge: Cambridge University Press, 1999, (Learning in doing). p. 13–24.

HERZFELD, Michael. The body impolitic: artisans and artifice in the global hierarchy of value. Chicago: University of Chicago Press, 2004.

INGOLD, Tim. The optimal forager and economic man. In: The perception of the environment: essays on livelihood, dwelling & skill. London: Routledge, 2002a. p. 27–39.

____________. Of string bags and birds’ nests: skill and the construction of artefacts. In: The perception of the environment: essays on livelihood, dwelling & skill. London: Routledge, 2002b. p. 349–361.

____________. Da transmissão de representações à educação da atenção. Educação, v. 33, n. 1, p. 6–25, mar. 2010. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/6777. Acessado em: 18 jun 2018.

LAVE, Jean. Situated learning in communities of practice. In: RESNICK, Lauren B.; LEVINE, John M.; TEASLEY, Stephanie D. (Ed.). Perspectives on socially shared cognition. Washington, DC: American Psychological Association, 1991. p. 63–82.

____________. The practice of learning. In: CHAIKLIN, Seth; LAVE, Jean (Ed.). Understanding practice: perspectives on activity and context. Cambridge: Cambridge University Press, 1996.

____________. Apprenticeship in critical ethnographic practice. Chicago: University of Chicago Press, 2011. (The Lewis Henry Morgan lectures).

LAVE, Jean; WENGER, Etienne. Situated learning: legitimate peripheral participation. Cambridge: Cambridge University Press, 1999. (Learning in doing).

MARCHAND, Trevor H. J. Introduction: Making knowledge: explorations of the indissoluble relation between mind, body, and environment. In: MARCHAND, Trevor H. J. (Ed.). Making knowledge: explorations of the indissoluble relation between mind, body and environment. Malden, MA: Wiley-Blackwell, 2010. p. 01–20.

MATOS, Sônia Missagia. Artefatos de gênero na arte do barro. Vitória: EDUFES, 2001.

MAUSS, Marcel. As técnicas do corpo. In: Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2003. p. 399–422.

MENDONÇA, Maria L. P. de. Algumas considerações sobre rendas e rendeiras do Nordeste. Boletim de Antropologia, v. 3, n. 1, p. 39–76, 1959.

PARADISE, Ruth; ROGOFF, Barbara. Side by Side: Learning by Observing and Pitching In. Ethos, v. 37, n. 1, p. 102–138, mar. 2009.

PORTISCH, Anna Odland. The craft of skilful learning: Kazakh women’s everyday craft practices in western Mongolia. In: MARCHAND, Trevor H. J. (Ed.). Making knowledge: explorations of the indissoluble relation between mind, body and environment. Malden, MA: Wiley-Blackwell, 2010. p. 59–75.

ROUX, Valentine; BRIL, Blandine. Observation et expérimentation de terrain : des collaborations fructueuses pour l’analyse de l’expertise technique. Le cas de la taille de pierre en Inde. In: ROUX, Valentine; BRIL, Blandine (Ed.). Le geste technique: réflexions méthodologiques et anthropologiques. Ramonville Saint-Agne: Editions Erès, 2002. p. 29–48.

SAUTCHUK, Carlos Emanuel. O arpão e o anzol: técnica e pessoa no estuário do Amazonas (Vila Sucuriju, Amapá). 2007, 402f. Tese (Doutorado) — Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Departamento de Antropologia, Universidade de Brasília, Brasília – DF, 2007.

_____________. Aprendizagem como gênese: prática, skill e individuação. Horizontes Antropológicos, v. 21, n. 44, p. 109–139, dez. 2015.

STRAUSS, Claudia. Beyond “Formal” versus “Informal” Education: Uses of Psychological Theory in Anthropological Research. Ethos, v. 12, n. 3, p. 195–222, out. 1984.

Downloads

Publicado

01-06-2019

Como Citar

BRUSSI, J. D. E. Fazendo renda em casa e ‘no curso’:: aprendizagem na prática. Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, [S. l.], v. 6, n. 10, p. 114–144, 2019. DOI: 10.21680/2446-5674.2019v6n10ID15334. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/15334. Acesso em: 23 nov. 2024.