Consentimento, parto e violência

pensando enquadramentos

Autores

  • Mariah Aleixo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-5674.2024v11n21ID33685

Palavras-chave:

Antropologia do Parto, Violência obstétrica, Cuidado, Consentimento, Plano de parto

Resumo

O artigo debate a importância da noção de consentimento no enquadramento de experiências de parto como casos de violência obstétrica. A discussão é feita a partir de relatos etnográficos de duas interlocutoras. Nas reivindicações das mulheres contra a violência obstétrica, a necessidade de consentir sobre procedimentos a serem realizados no parto aparece como motivo principal para concebê-lo como experiência violenta. Buscando respeito à autonomia, elas elaboram o Plano de Parto, um documento em que a mulher detalha as preferências em relação às intervenções que assente ou não em seu parto. Porém, considerando assimetrias de poder entre a parturiente e os profissionais da saúde e situações imprevistas, nem sempre o planejamento inicial é respeitado. Assim, busco entender em quais situações a falta do consentimento é considerada necessária e em quais ela passa a ser configurada violência pelas interlocutoras, a partir nas noções de enquadramento e cuidado.

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Biografia do Autor

Mariah Aleixo, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Sou graduada em direito pela UFPA (2007-2012). Fiz IC como bolsista do CNPq (2009-2011) na antropologia, num projeto sobre ações afirmativas para povos indígenas. Fiz mestrado em direitos humanos na UFPA, com dissertação sobre mulheres indígenas e quilombolas em situação de violência.
Fui professora substituta na UNIFAP (2015-2017) e fiz doutorado em antropologia na UFRGS (2018-2023). Minha tese é uma etnografia sobre a estabilização da categoria violência obstétrica entre ativistas, profissionais e vítimas.

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Publicado

06-09-2024

Como Citar

ALEIXO, M. Consentimento, parto e violência: pensando enquadramentos. Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, [S. l.], v. 11, n. 21, p. 1–24, 2024. DOI: 10.21680/2446-5674.2024v11n21ID33685. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/33685. Acesso em: 12 dez. 2024.