Consentimiento, parto y violencia
pensando en marcos
DOI:
https://doi.org/10.21680/2446-5674.2024v11n21ID33685Palabras clave:
Antropología del parto, Violencia Obstétrica, Cuidado, Consentir, Plan de partoResumen
El artículo discute la importancia de la noción de consentimiento en el encuadre de las experiencias del parto como casos de violencia obstétrica. La discusión se basa en informes etnográficos dos interlocutores. En los reclamos de las mujeres contra la violencia obstétrica, la necesidad de consentir los procedimientos a realizarse durante el parto aparece como el principal motivo para concebir el parto como una experiencia violenta. Buscando el respeto a la autonomía elaboran el Plan de Parto, documento en el que la mujer detalla sus preferencias en relación a las intervenciones que se basan o no en su parto. Sin embargo, considerando asimetrías de poder entre la parturienta y los profesionales de salud y situaciones imprevistas, no siempre se respeta la planificación inicial. Así, busco comprender en qué situaciones la falta de consentimiento se considera necesaria y en cuáles se convierte en violencia por parte de los interlocutores, basado en las nociones de enquadre y cuidado.
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