Uso do desenho como ferramenta de percepção e transmissão

Construção social do Mercado Público de Pelotas (RS).

Autores

  • Tanize Machado Garcia Universidade Federal de Pelotas
  • Daniele Borges Bezerra Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-5674.2020v7n13ID19973

Palavras-chave:

Antropologia Urbana, Antropologia VIsual, Desenho, Mercado Público de Pelotas, Escritura Antropoética

Resumo

Este artigo apresenta a contribuição do desenho para a apreensão da construção social dos espaços do Mercado Público de Pelotas (RS) e para a instrumentalização científica poético-narrativa em antropologia visual. A análise parte de uma audiência pública, ocorrida em 2017, em que múltiplos atores a partir do conflito, negociaram a utilização do local para eventos musicais. Como ferramenta nessa situação de pesquisa, o desenho em antropologia urbana, permitiu apreender diferentes perspectivas, usos e significados socioculturais atribuídos ao patrimônio cultural. Assim, as imagens desenhadas pela pesquisadora, anexadas à malha do texto, habitam as páginas como os territórios da cidade são habitados pelos citadinos em seus fluxos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Daniele Borges Bezerra, Universidade Federal de Pelotas

Pós-Doutoranda em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia- UFPel. Doutora em Memória Social e Patrimônio Cultural pela Universidade Federal de Pelotas- UFPEL. Mestra em Memória Social e Patrimônio Cultural (2014). Possui Especialização em Saúde Pública (2004). Especialização em Saúde Mental Coletiva (2003)- Residência Multiprofissional em Saúde (ESP/RS). Graduação em Artes Visuais pela Universidade Federal de Pelotas (2002). Atua nos projetos de pesquisa: - Grupo de Pesquisas Interdisciplinares em Memória e Patrimônio (UFPeL); -Antropoéticas, vinculado ao Laboratório de Ensino, Pesquisa e Produção em Antropologia da Imagem e do Som (LEPPAIS- UFPel); - Patrimônio em Lugares de Sofrimento (GPLS- UFPel). Possui experiência nas áreas das Artes, Memória Social e Saúde Mental, dialogando com os seguintes temas: instituições de isolamento, velhice, população em situação de rua, direitos humanos, violência, luta anti-manicomial, poder e governamentalidade.Na tese recebeu conceito A, com louvor. Atualmente é professora substituta no departamento de Antropologia da UFPel e coordena o Laboratório de Ensino, Pesquisa e Produção em Antropologia da Imagem e do Som (LEPPAIS- UFPel).

Referências

AGIER, Michel. Antropologia da Cidade: lugares, situações, movimentos. Trad. Graça Índias Cordeiro. São Paulo, Ed. Terceiro Nome, 2011.

_____________. Do direito à cidade ao fazer-cidade. O antropólogo, a margem e o centro. Rev. Mana; Rio de Janeiro, RJ: vol.21, n. 3, dez, 2015.

AZEVEDO, Aina. Diário de Campo e Diário Gráfico: contribuições do desenho à antropologia. Áltera – Revista de Antropologia, João Pessoa, v. 2, n. 2, p. 100-119, jan. / jun, 2016. Disponível em: (<http://periodicos.ufpb.br/index.php/altera/article/view/34737>). Acesso em: jul. 2017.

______________. Um convite à antropologia desenhada. Revista Metagraphias: metalinguagens e outras figuras, v. 1, n. 1, p. 194-208, mar, 2016. Disponível em: (<https://periodicos.unb.br/index.php/metagraphias/article/view/50>). Acesso em: abr. 2020.

BEZERRA, Daniele B. A ressonância afetiva das memórias como meio de transmissão para um patrimônio difícil: monumentos em antigos leprosários. 2019. 520f. Tese (Doutorado em Memória Social e Patrimônio Cultural) - Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural, Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2019.

BRUNO, Fabiana. Potencialidades da experimentação das grafias no fazer antropológico1: imagens, palavras e montagens. Tessituras – Revista de Antropologia e Arqueologia: Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFPel,. vol 7, n. 2, jul / dez, 2019. Disponível em: (<https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/tessituras/article/view/16500>) Acesso em fev 2020.

DE CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano: as artes de fazer. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.

FAVRET-SAADA, Jeanne. Ser afetado. Tradução: Paula Siqueira. Cadernos de campo. nº 13, 155-161 p. 2005.

GARCIA, Tanize. Mercado Público de Pelotas no País das Maravilhas: uma etnografia sobre a pluralidade narrativa de um patrimônio em disputa. Dissertação. 212f (Mestrado em Antropologia) Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal de Pelotas, 2018.

GELL, Alfred. A construção do índice In Arte e Agência: uma teoria antropológica. São Paulo: UBU, p.113-122, 2018.

GLUCKMAN, Max. Análise de uma situação social na Zululândia moderna. A Antropologia das sociedades contemporâneas. In: FELDMAN-BIANCO, B. (Org.). Antropologia das sociedades contemporâneas: métodos. São Paulo: Ed. Global, p. 2-51, 1987.

INGOLD, Tim. Lines: a brief history. London: Routledge, 2007.

_________.Estar vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Petrópolis, RJ: Ed. Vozes, 2015.

LE BRETON, David. Antropologia dos sentidos. Trad. Francisco Morás. Petrópolis, RJ. Ed. Vozes, 2016.

LEITE, Rogério P. A exaustão das cidades: antienobrecimento e intervenções urbanas em cidades brasileiras e portuguesas. Revista Brasileira de Ciências Sociais, Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais. São Paulo: vol. 25, núm. 72, p. 73-88, fev./ 2010.

Disponível em: (<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=10713660006>). Acesso: ago. 2017.

MAGNANI, José. Guilherme Cantor. De perto e de dentro: notas de uma etnografia urbana. Revista Brasileira de Ciências Sociais. v. 17, n. 49, p. 13-29, jun./2002.

MILLER, Mitch. Illustrating space as collaborative, socially engaged pratctice: the firts report from the Draw Duke Street residency. Spatialising Illustration. Varoom! Lab. Online Issue Two, p. 24-40. mar./2014.

Disponível em: (<https://issuu.com/dialectograms/docs/m_miller_varoomlab>). Acesso: jul. 2017.

PEIRANO, Mariza. Uma antropologia no Plural. In: Uma antropologia no plural: três experiências contemporâneas. Brasília, DF. Ed. Universidade de Brasília, p. 235-250, 1992.

PEIRANO, Mariza. A favor da Etnografia. Rio de janeiro: Ed Relume-damará, 1995.

PINHEIRO, Patrícia; MAGNI, Claudia T.; KOSBY, Marília F. Antropoéticas: outras (Etno)Grafias. Rev. Tessituras Revista de Antropologia e Arqueologia: Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia, UFPel,. vol 7, n. 2, jul-dez, 2019.

RICOEUR, Paul. Arquitetura e Narratividade. Urbanisme, n. 303, p. 44-51nov./dez, 1998.

SILVA , Marcella Carvalho de Araujo. A transformação da política na favela: desconstruindo a “ausência” do Estado. Revista Antropolítica, n. 38, Niterói, p. 299-319, 1. sem., 2015. Disponível em: (http://www.revistas.uff.br/index.php/antropolitica/article/view/343) Acesso em jan. 2018.

Downloads

Publicado

09-06-2020

Como Citar

MACHADO GARCIA, T.; BORGES BEZERRA, D. Uso do desenho como ferramenta de percepção e transmissão: Construção social do Mercado Público de Pelotas (RS). . Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, [S. l.], v. 7, n. 13, p. 1–29, 2020. DOI: 10.21680/2446-5674.2020v7n13ID19973. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/19973. Acesso em: 28 mar. 2024.