Racismo científico

una denuncia al pensamiento social y político brasileño

Autores/as

  • Ingrid Daniely Vale dos Santos Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-5674.2024v11n20ID34313

Palabras clave:

Brasil, Racismo científico, Pensamiento social brasileño

Resumen

El libro "Brasil dos Humilhados" de Jessé Souza revela las raíces elitistas del pensamiento social brasileño, que atribuye al pueblo una presunta inferioridad y propensión a la corrupción como causa del abandono social. El autor destaca cómo las élites económicas y políticas se apropian de este conjunto de ideas para fortalecer su control sobre la población y maximizar sus ganancias. Jessé Souza cuestiona los fundamentos del pensamiento nacional al enfatizar la presencia de un 'racismo científico', cuya validación es posibilitada por la confiscación de la 'inteligencia brasileña', que no sirve a la mayoría, sino al estrato más rico, representado por el 1% más acomodado de la sociedad. Esta distorsión sostiene incorrectamente que los problemas de Brasil no provienen de la notable concentración de riqueza, sino de la 'corrupción del Estado', creando una falsa dualidad entre un Estado vilipendiado y un mercado enaltecido. Esta perspectiva estigmatizante y simplificada del pueblo brasileño fue moldeada por las ideas de los intelectuales más prominentes del país, como Sérgio Buarque de Holanda, y ha sido perpetuada a lo largo del tiempo por otros pensadores de gran relevancia, como Raymundo Faoro y Roberto DaMatta, ejerciendo una influencia sustancial sobre la mayoría de la intelectualidad nacional. Con el respaldo de la validación científica, la expresión irónica acuñada por Jessé Souza, la 'tontería de la inteligencia brasileña', se utiliza para caracterizar estas interpretaciones sesgadas del pensamiento social brasileño.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Ingrid Daniely Vale dos Santos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Mestranda em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFRN. Possui graduação em Relações Internacionais pela Universidade Potiguar (UnP). MBA em andamento em Logística Internacional e Comércio Exterior pela UnP. Graduanda em Geografia pela UFRN. Está integrada ao Grupo de Pesquisa Social (GPS) da UFRN.

Citas

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Editora Bertrand, 1989.

BOURDIEU, Pierre. Razões Práticas: sobre a teoria da ação. Campinas: Papirus Editora, 1996.

COLLINS, Patricia Hill. Bem mais que ideias: a interseccionalidade como teoria social crítica. São Paulo: Editora Boitempo, 2022.

DAMATTA, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1979

DAMATTA, Roberto. A casa e a rua. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1985.

FAORO, Raymundo. Os donos do poder. São Paulo: Biblioteca Azul, 2012 [1958].

FELDMAN, Luiz. Clássico por amadurecimento: estudos sobre Raízes do Brasil. Rio de Janeiro: Topbooks, 2016.

FERNANDES, Florestan. A Revolução Burguesa no Brasil: ensaio de Interpretação Sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.

FRASER, Nancy; JAEGGI, Rahel. Capitalismo em debate: uma conversa na teoria crítica. São Paulo: Boitempo, 2020.

FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala. São Paulo: Global Editora, 2019 [1933].

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil: Edição Crítica - 80 anos [1936–2016]. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

GONZÁLEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

LEITE, Dante Moreira. O Caráter Nacional Brasileiro: História de uma ideologia. São Paulo: Pioneira, 1959.

LUHMANN, Niklas. Inklusion und exklusion. Integration—Desintegration, VS Verlag für Sozialwissenschaften, p. 149-168, 2008.

MOTA, Carlos Guilherme. Ideologia da Cultura Brasileira: (1933-1974) - Pontos de partida para uma revisão histórica. São Paulo: Ática, 1977.

PAJOLLA, Murilo. Negros são 84% dos resgatados em trabalho análogo à escravidão em 2022. Brasil de Fato, Lábrea/AM. 13 mai 2022. Direitos Humanos. Disponível em:https://www.brasildefato.com.br/2022/05/13/negros-e-pardos-sao-84-dos-resgatados-em-trabalho-analogo-a-escravidao-em-2022. Acesso em: 9 out. 2023.

PARSONS, Talcott. O sistema das sociedades modernas. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1974.

PARSONS, Talcott; SHILS, Edward A. Some fundamental categories of the theory of action: A general statement. In: PARSONS, Talcott; SHILS, Edward A. (Ed.). Toward a general theory of action. Cambridge: Harvard University Press, 1951. p. 3–29.

RIBEIRO, Marcos Abraão. O racismo multidimensional de Jessé Souza e a leitura unidimensional do Brasil. Sociologias, v. 24, n. 61, p. 394–410, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1590/18070337-121968. Acesso em: 13 nov. 2023.

SOUZA, Jessé. A modernização seletiva: uma reinterpretação do dilema brasileiro. Brasília: Editora UnB, 2000.

SOUZA, Jessé. A ralé brasileira: quem é e como vive. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009.

SOUZA, Jessé. Subcidadania brasileira: Para entender o país além do jeitinho brasileiro. Rio de Janeiro: LeYa, 2018.

SOUZA, Jessé. A elite do atraso: Da escravidão à Lava Jato. Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2019.

SOUZA, Jessé. Como o racismo criou o Brasil. São Paulo: LeYa, 2021.

SOUZA, Jessé. A herança do golpe. São Paulo: Civilização Brasileira, 2022a.

SOUZA, Jessé. Brasil dos Humilhados: uma denúncia da ideologia elitista. 5ª ed. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2022b.

TAYLOR, Charles. Sources of the Self. Cambridge: Harvard University Press, 1989.

TAYLOR, Charles. The Politics of Recognition. In: GUTMANN, Amy (Org.). Multiculturalism. Princeton: Princeton University Press, 1994. p. 25–74.

WEBER, Max. Die Wirtschaftsethik der Weltreligionen. Tubinga: J. C. B. Mohr, 1991.

Publicado

14-05-2024

Cómo citar

VALE DOS SANTOS, I. D. Racismo científico: una denuncia al pensamiento social y político brasileño. Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, [S. l.], v. 11, n. 20, p. 1–11, 2024. DOI: 10.21680/2446-5674.2024v11n20ID34313. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/34313. Acesso em: 3 jul. 2024.