A rotina extraordinária da comunidade de Paracatu de Baixo (MG) após o rompimento da barragem de Fundão
DOI:
https://doi.org/10.21680/2446-5674.2020v7n13ID19504Palavras-chave:
comunidade, tempo, reunião, desastre, minas geraisResumo
Descrevo a rotina da comunidade de Paracatu de Baixo, em Mariana, Minas Gerais, atingida pelo rompimento da barragem de rejeitos minerais de Fundão, em 2015. Os moradores foram deslocados compulsoriamente da zona rural para a sede municipal, sem a possiblidade de desempenhar seus modos de vida caracterizados, especialmente, pelo trabalho na roça. Meu argumento é que o cotidiano não foi restabelecido após o desastre, sendo que a rotina é marcada pelo extraordinário. A partir da pesquisa de campo, analiso a categoria ‘atingido’ e as reuniões com a assessoria técnica e com os representantes das mineradoras responsáveis pelo desastre. Por fim, mostro algumas estratégias dos moradores para lidarem com o tempo dissociado da terra natal.
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