Indiferenciar e suspender

redefinições nas técnicas para criminalização de pessoas e territórios em Maceió/AL

Autores

  • Ada Rízia Barbosa de Carvalho Universidade de São Paulo
  • Cristina Maria Costa da Silva Pequeno Universidade Federal de Alagoas
  • José Afrânio Alves de Santana Filho Sociedade de Ensino Universitário do Nordeste

DOI:

https://doi.org/10.21680/2446-5674.2023v10n18ID32120

Palavras-chave:

Sociologia da punição, Conflito urbano, Guerra às drogas, Punitivismo

Resumo

Neste artigo, discutimos as redefinições nas técnicas de investigação, acusação e condenação de pessoas associadas ao “tráfico de drogas”, ao “crime organizado” e às “facções”, a partir de 2010 em Maceió, Alagoas. Nesse período, a cidade foi enquadrada como capital mais violenta do país, fazendo com que territórios e grupos já vitimizados pela violência letal se tornassem alvos de políticas de segurança mais punitivistas. Objetivamos abordar as experiências de articulação entre Judiciário, Ministério Público e Secretaria de Segurança Pública de Alagoas. Para isso, partimos do caso de uma pessoa incriminada, usando seu processo judicial seus relatos, para dialogar com relatos de atores do Sistema de Justiça e com as informações produzidas nos âmbitos da Segurança Pública em Alagoas e no Brasil. Concluímos que tais reformulações produzem uma zona de suspensão de garantias legais e de indiferenciação entre pessoas que vivem em territórios lidos de antemão sob a perspectiva do crime, do tráfico e da violência.

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Biografia do Autor

Ada Rízia Barbosa de Carvalho, Universidade de São Paulo

Doutoranda em sociologia na Universidade de São Paulo. Membro dos grupos de pesquisa “Cidade e Trabalho” (USP), “Mobilidades: Teorias, temas e métodos” (USP) e “Periferias, Afetos e Economia das Simbolizações” (Ufal).

Cristina Maria Costa da Silva Pequeno, Universidade Federal de Alagoas

Mestranda em Sociologia na Universidade Federal de Alagoas. Membro do grupo de pesquisa “Periferias, Afetos e Economia das Simbolizações” (Ufal).

José Afrânio Alves de Santana Filho, Sociedade de Ensino Universitário do Nordeste

Graduando em direito na Seune. Membro do grupo de pesquisa “Periferias, Afetos e Economia das Simbolizações” (Ufal).

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Publicado

03-07-2023

Como Citar

CARVALHO, A. R. B. de; PEQUENO, C. M. C. da S. .; SANTANA FILHO, J. A. A. de . Indiferenciar e suspender: redefinições nas técnicas para criminalização de pessoas e territórios em Maceió/AL. Equatorial – Revista do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, [S. l.], v. 10, n. 18, p. 1–29, 2023. DOI: 10.21680/2446-5674.2023v10n18ID32120. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/equatorial/article/view/32120. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos