Caminhos Indígenas
espaços de movimentação pela Amazônia
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-817X.2019v15n02ID19525Palavras-chave:
Caminhos indígenas, Mobilidade, Interflúvios, Percepção Espacial, AmazôniaResumo
Esse artigo visa, por meio de exemplos históricos e etnográficos, tentar compreender a forma como os indígenas na Amazônia constroem as experiências espaciais na floresta percorrendo os caminhos. Muitos estrangeiros penetraram a Amazônia seguindo os cursos dos rios principais, pouco podendo informar sobre o espaço dos divisores de águas que se estendem entre os rios. Para isso, foi necessário se deixar levar por guias, intérpretes e remeiros indígenas (Kok, 2009; Roller, 2012) que conheciam a movimentação pelos caminhos na floresta. Baseado em Ingold (2000; 2010) comparo que enquanto a experiência de caminhar na floresta sempre foi parte integral da vida dos povos indígenas; para quem penetrou a selva vindo de fora, a floresta foi vista de modo utilitário, como caminhos a serem abertos e distâncias superadas.
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