O REGIME POLÍTICO DA HETEROSSEXUALIDADE E A MIGRAÇÃO SEXUAL
discutindo espaços, sexualidade e HIV/Aids.
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-817X.2021v17n1ID22074Palavras-chave:
Migração Sexual, Práticas do Cotidiano, HIV/AidsResumo
Este trabalho contribui com a discussão sobre a migração sexual, unindo o HIV/Aids à relação espacial, a partir de perspectivas complementares, como as práticas do cotidiano de Certeau (1984) são adequadas à migração sexual de Carrillo (2004, 2010) sob a óptica da Nação Heterossexual de Ochy Curiel (2013). Essa revisão bibliográfica é complementada por Susan Sontag (1984, 1989) ao discutir os efeitos das metáforas sobre a doença e sobre o HIV/Aids na vida social de pessoas com HIV. As práticas do cotidiano de um homem, homossexual e migrante, moldam-se às implicações heteronormativas da família, símbolo da nação heterossexual, e às limitações de se relacionar afetiva e sexualmente nos espaços onde habitam. A partir da idealização de liberdade afetiva e sexual no outro lado da fronteira, eles decidem migrar e se expõem ao vírus.
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