ESPAÇO E RESISTÊNCIA
as fugas como ato de subversão da escravizada Maria em Mariana – MG (1840-1854)
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-817X.2025v21n1ID37571Palavras-chave:
Resistência escravista, Vício em fuga, Subversão social.Resumo
O presente artigo investiga as formas de resistência e sobrevivência na sociedade escravista do século XIX, com foco específico na fuga como estratégia de ruptura com a condição de cativeiro. Fundamenta-se na análise histórico-social e nos conceitos de espaço e resistência de autores como Michel de Certeau e Muniz Sodré, o estudo foca no caso da escravizada Maria, destacada no inventário de Maria Catharina do Espírito Santos, realizado em 1840, no Arraial de Furquim, termo de Mariana, Minas Gerais. A partir dessa fonte primária, examina-se como o inventário reflete os métodos de controle e as práticas de subversão, evidenciando as dinâmicas de opressão e as possibilidades de resistência em um contexto marcado pela escravidão.
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Referências
FONTES
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