A GRÉCIA DE HERÓDOTO:
uma arqueologia geográfica
DOI:
https://doi.org/10.21680/1984-817X.2024v20n1ID34327Palabras clave:
Pensamento geográfico, Geografia histórica, Arqueologia, TerritorialidadeResumen
Para desvelar, através da arqueologia foucaultiana, o saber discursivo de Heródoto
(484 – 425 a.C.), visou-se a um estudo, entre identidades e diferenças, de sua obra
História. Disso, parte-se do método arqueológico ao saber geográfico. No mundo
grego, delimitaram-se duas camadas de pensamento: a camada egoica, entre herois
por Homero e deuses por Hesíodo e a camada de alteridade, entre a guerra greco-
persa de Heródoto e a guerra do Peloponeso de Tucídides. Aliás, entende-se que
Heródoto não existe senão à medida da gramática, da semântica, do léxico e do
conteúdo material de sua camada histórica. A Grécia, portanto, existe como
discurso da situação contemporânea do autor pelo encontro de si no Outro e do
Outro em si. Assim, abre-se o tempo grego em uma geografia arqueológica.
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