QUESTÕES DE GÊNERO NA TELEDRAMATURGIA BRASILEIRA:
um estudo da minissérie A Casa das Sete Mulheres
DOI :
https://doi.org/10.21680/1984-817X.2024v20n1ID31707Mots-clés :
Teledramaturgia Brasileira;, Questões de Gênero;, A Casa das Sete Mulheres;, Revolução Farroupilha;, Representação Feminina.Résumé
Este artigo tem como objetivo analisar as questões de gênero na teledramaturgia
brasileira, tomando como objeto de estudo a minissérie A Casa das Sete Mulheres,
produzida e exibida pela TV Globo. A análise se fundamenta na historiografia
cultural e na teoria da mídia, focando especificamente na representação das
trajetórias e experiências das mulheres durante a Revolução Farroupilha. Diferente
de abordagens que se concentra nos aspectos históricos tradicionais, este estudo
enfatiza a forma como as personagens femininas são retratadas na narrativa
televisiva. A Casa das Sete Mulheres é uma adaptação de um romance histórico
homônimo que aborda a Revolução Farroupilha sob a perspectiva das mulheres da
família do líder farroupilha Bento Gonçalves. A minissérie oferece uma
representação emancipatória das mulheres farroupilhas no século XIX, explorando
suas complexidades, desafios e contribuições. Através da análise das representações
midiáticas, buscamos compreender como a teledramaturgia contribui para a
construção de narrativas históricas e para a disseminação de ideias sobre o papel das
mulheres na história. Esta abordagem destaca a importância de considerar o
contexto histórico e tecnológico em que as obras midiáticas são produzidas e
recebidas, evidenciando a evolução da mídia ao longo do tempo e seu impacto na
memória histórica e na reflexão sobre as questões de gênero.
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