“Quem não deve, não teme(r)”
discurso e formações discursivas
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2435.2019v4n1ID14471Palavras-chave:
Análise de Discurso, Provérbio, Détournement, Enunciação, Formação DiscursivaResumo
Neste artigo, desenvolvemos pesquisa e reflexão quanto ao emprego do détournement “Quem não deve, não teme(r)”, objetivando discernir as formações discursivas em que se inserem seus locutores e enunciadores. Adotando uma metodologia qualiquantitativa, debruçamo-nos sobre um corpus constituído por duas crônicas: “‘Quem não deve não teme’ é uma frase fascistóide”, de Reinaldo Azevedo, e “Quem não deve, não Temer”, de Agamenon Mendes Pedreira. Como fundamentação teórica, seguimos referenciais da Análise de Discurso de linha francesa, dando especial destaque a autores como Maingueneau (1997; 2004; 2008); Charaudeau e Maingueneau (2016); e Ducrot (1987). Dentre os resultados obtidos por meio de nossa pesquisa, apontamos a distinção das relações interdiscursivas que permeiam tanto o enunciado proverbial quanto o détournement analisados, bem como o discernimento de movimentos discursivos e de estratégias argumentativas a estes atrelados.
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