Por uma literatura in-disciplinada na sala de aula
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2435.2024v9n2ID35863Palavras-chave:
literatura, conhecimento do escritor, representações sociais, paradigma estético, didáticaResumo
Este artigo explora duas perspectivas entrecruzadas: por um lado, a questão do conhecimento do escritor e seus escorregamentos na obra e como este conhecimento, mediado pela literatura e por seu ensino, particularmente em aulas de língua estrangeira, acaba produzindo um material de trabalho sobre as representações culturais e interculturais. O segundo eixo, aborda a questão da literaturização da pedagogia e da pedagogização da literatura, mas na perspectiva de alimentar a hipótese de um paradigma estético em educação que tira proveito da arte, tanto no seu regime produtivo quanto receptivo. Ambas as perspectivas alimentam a tese da centralidade do uso da literatura, sem descaracterizá-la em abordagens excessivamente estruturalistas ou didáticas. Trata-se de explorar o que a literatura nos diz de uma cultura que não possa ser expresso por outras disciplinas.
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