Meu corpo ainda quente
o corpo feminino na obra de Sheyla Smanioto
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2435.2023v8nEspecialID31921Palabras clave:
Corpo, Violência, Poder, Gênero, ImaginárioResumen
As relações de poder se manifestam em nossas interações sociais e agem sobre os corpos de todos os indivíduos. O corpo, nesse sentido, constitui um elemento muito relevante na construção social das identidades masculinas e femininas — para as mulheres, possui o poder de tolher possibilidades de desenvolvimento pessoal, definindo suas funções sociais na família e na sociedade. Nesse cenário, partindo dos pressupostos constantes da teoria do imaginário de Gilbert Durand, o presente trabalho busca explorar, no contexto figurativo do romance Meu corpo ainda quente (2020), de Sheyla Smanioto a ideia de colonização do corpo feminino e as inúmeras violências dela decorrentes. A obra em análise, como expressão das condições sociais e históricas do tempo em que foi produzida, representa, a seu modo, a luta das mulheres pelo exercício de uma cidadania plena, historicamente construída pela reivindicação de uma voz que por muito tempo lhes foi negada.
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