Por um pensamento político-filosófico

originalidade e contemporaneidade da obra A Condição Humana

Autores

  • Rodrigo Ribeiro Alves Neto UNIRIO

DOI:

https://doi.org/10.21680/1983-2109.2018v25n48ID14165

Palavras-chave:

Filosofia, Política, Totalitarismo, Mundo, Ação.

Resumo

O artigo analisa a originalidade e a contemporaneidade das elaborações reflexivas da obra A Condição Humana. A contemporaneidade dessa obra não resulta da harmonização entre pensamento e atualidade, mas do diagnóstico crítico de que a terrível novidade do totalitarismo rompeu com as continuidades históricas, trazendo à tona uma crise radical da civilização ocidental que exige repensarmos sem pressuposições nossos conceitos e significações tradicionais. A originalidade que busca por outro começo do pensamento diante do fim da tradição reside no entrecruzamento de filosofia e política, tendo em vista elaborar em termos filosóficos a existência pública e ativa dos homens como singularidades plurais, superando o tradicional desprezo dos filósofos pelo mundo comum e humano e problematizando a despolitização liberal das atuais democracias formais que atrofiam a esfera política da ação e do discurso.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rodrigo Ribeiro Alves Neto, UNIRIO

Professor Associado do Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Referências

AGAMBEN, G. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Chapecó, SC: Argos, 2009.

ALVES NETO, Rodrigo Ribeiro. Alienações do mundo: uma interpretação da obra de Hannah Arendt. São Paulo: Loyola, 2009.

ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo. Trad. Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

ARENDT, Hannah. A dignidade da política: ensaios e conferências. Org. Antônio Abranches. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1993.

ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. Trad. Roberto Raposo. São Paulo: Perspectiva, 2007.

ARENDT, Hannah. A condição humana. Trad. Roberto Raposo. Revisão Adriano Correia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.

FOUCAULT, Michel. O que são as luzes?. In: FOUCAULT, Michel. Ditos e escritos. v. 7: Arte, epistemologia, filosofia, história da medicina. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011. p. 259-270.

FOUCAULT, Michel. O que são as luzes?. In: FOUCAULT, Michel. Ditos e escritos. v. 2: Arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2015. p. 351-384.

HARTOG, F. Regimes de historicidade: presentismo e experiências do tempo. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.

LAFER, Celso. Hannah Arendt: vida e obra. In: ARENDT, Hannah. Homens em tempos sombrios. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

KOHN, Jerome. Introdução. In: ARENDT, Hannah. A promessa da política. Trad. Pedro Jorgensen. Rio de Janeiro: DIFEL, 2008. p. 7-38.

NIETZSCHE, F. Sobre o niilismo e eterno retorno (1881-1888). In: NIETZSCHE, F. Obras Incompletas. Trad. Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 425-437. (Coleção Os Pensadores).

PAZ, Octavio. A busca do presente. In: JARDIM, Eduardo. (Org.). A busca do presente e outros ensaios. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2017. p. 67-92.

RICŒUR, Paul. Da Filosofia ao Político. In: RICŒUR, Paul. Leituras 1 - Em torno ao político. São Paulo: Loyola, 1995. p. 15-20.

Downloads

Publicado

03-09-2018

Como Citar

ALVES NETO, R. R. Por um pensamento político-filosófico: originalidade e contemporaneidade da obra A Condição Humana. Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), [S. l.], v. 25, n. 48, p. 59–86, 2018. DOI: 10.21680/1983-2109.2018v25n48ID14165. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/14165. Acesso em: 21 nov. 2024.