Sobre a diabolé na prova pelo éthos na retórica judicial
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2109.2021v28n55ID19922Palavras-chave:
?thos; Diabol?; Retórica judicial; Provas testemunhaisResumo
Para Aristóteles, a prova pelo ?thos é a mais eficiente forma de persuasão porque a idoneidade do orador inspira uma maior credibilidade aos seus argumentos. No âmbito da retórica judicial, a tendência do auditório é perceber o ?thos do acusador de forma diferente do ?thos do acusado. Essa dessimetria tem significativo impacto na receptividade das alegações de um e de outro. A fim de lhe conquistar a confiança, o orador pode recorrer a testemunhos para comprovar o seu bom ?thos. Mas, ser-lhe-ia possível usá-los para infundir suspeitas sobre o caráter (diabol?) de seu adversário? Embora o texto da Retórica aponte para uma resposta afirmativa, leitores de perspectiva de viés moral, a exemplo de Grimaldi, negam essa possibilidade. Nesse sentido, com base nas considerações a respeito da prova pelo ?thos na Retórica, pretende-se observar se é possível e em até que ponto a diabol? poderia ser utilizada nessa esfera, investigando sua aplicação desde as provas testemunhais.
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