Filosofia e censura: uma reflexão na trilha d’O passeio do cético
DOI:
https://doi.org/10.21680/1983-2109.2021v28n57ID26157Palavras-chave:
Iluminismo, Libertinismo erudito, Censura, Charron, Bayle, DiderotResumo
Em um ensaio que se tornaria clássico, Leo Strauss recolocou na ordem do dia a necessidade de se atentar para o que ele chamou de escrita nas entrelinhas, imperativo esquecido pela pesquisa histórica moderna, forjada num contexto em que a perseguição e a censura se encontravam já ausentes. O tipo de reflexão elaborado por Strauss, porém, já havia sido concebido pelos próprios autores modernos, que por vezes tematizaram sua escrita e os perigos envolvidos nessa atividade. Este trabalho toma como mote o discurso preliminar a O passeio do cético, de Diderot, onde o autor reflete sobre a situação do escritor em meados do século XVIII para, a partir daí, desdobrar uma linha temporal que permite dimensionar o alcance dessa reflexão.
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