Carl Schmitt e o pós-marxismo: O caso Chantal Mouffe

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21680/1983-2109.2022v29n60ID27128

Palavras-chave:

Democracia radical, Antagonismo, Agonismo

Resumo

O artigo investiga a proposta de releitura da teoria da democracia e do conceito do político feita pela filosofia belga pós-marxista Chantal Mouffe. O objetivo é analisar os argumentos da autora e a reabilitação do tema do conflito como constitutivo da democracia. Após a virada consensualista, procedimentos e princípios racionais passaram a reger a instituição do politico através de concepções deliberativas acerca da democracia, marcadas pela neutralização do conflito e identificação entre política e moral. Na contramão desse movimento, Mouffe promove um inusitado encontro entre marxismo pós-estruturalista e algumas teses centrais da teoria política schmittiana. Em contraposição à compreensão do político como antagonismo entre amigos/inimigos, Mouffe propõe um modelo de agonismo adversarial, que segundo ela pode assumir a forma de uma democracia liberal. Pretendemos examinar sua proposta e discutir se de fato ela supera a crítica ao liberalismo feito por Schmitt.

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Biografia do Autor

Deyvison Lima, Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Deyvison Rodrigues Lima – https://orcid.org/0000-0002-7879-8388

Professor Adjunto no Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Piauí e do Mestrado Profissional em Filosofia – UFPI (Teresina, PI, Brasil).

Doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

 

Endereço para correspondência

Deyvison Lima

Universidade Federal do Piauí - Centro de Ciências Humanas e Letras

Departamento de Filosofia - Caixa Postal 64.049-550

Ramal: 3215-5786 – Teresina/PI

 

José Maria Arruda, Universidade Federal Fluminense

José Maria Arruda – https://orcid.org/0000-0002-2365-9348

Professor Associado IV da Universidade Federal Fluminense (UFF, Niterói, RJ, Brasil).

Mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Doutor em Filosofia pela Universität Essen, Alemanha. Foi professor do Departamento de Filosofia e da Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e atualmente é professor do Departamento de Filosofia da Universidade Federal Fluminense (UFF, Niterói, RJ, Brasil). Entre outras produções, traduziu a obra “O Nomos da Terra”, de Carl Schmitt.

 

 

Endereço para correspondência

José Maria Arruda

Praça Almirante Jaceguai, 71/Apto 401

CEP:20240-000  Rio de Janeiro/RJ

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Publicado

25-11-2022

Como Citar

LIMA, D.; ARRUDA, J. M. . Carl Schmitt e o pós-marxismo: O caso Chantal Mouffe. Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), [S. l.], v. 29, n. 60, p. 213–234, 2022. DOI: 10.21680/1983-2109.2022v29n60ID27128. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/27128. Acesso em: 9 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Carl Schmitt e o pensamento político contemporâneo